terça-feira, 9 de outubro de 2012

RELATÓRIO DO I SEMINÁRIO DE PACTUAÇÃO DE REDES DA AP-3.1

“SUS PARA TODOS” Um desafio para o Sistema de Saúde da AP-3.1 RIO DE JANEIRO / ENSP-FIOCRUZ / MAIO / 2012 Contatos: 2260-0294 - condisaudeap31@hotmail.com - cds31.blogspot.com.br RELATÓRIO DO I SEMINÁRIO DE PACTUAÇÃO DE REDES DA AP-3.1 DIA 16/05/2012 – LOCAL: ENSP – FIOCRUZ O I SEMINÁRIO DE PACTUAÇÃO DE REDES DA AP-3.1, organizado pelo Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1 teve início às 09 horas do dia dezesseis de maio de dois mil e doze, quando o Mestre de Cerimônias David Salvador de Lima Filho iniciou com os seguintes avisos: O credenciamento deverá ocorrer no horário de 08 as 10 horas; A primeira mesa com horário previsto para as nove horas com o tema: Apresentação da realidade das unidades de saúde da AP-3.1 com seus serviços e deficiências será composta pelos gestores da rede hospitalar, pelo Coordenador da CAP-3.1 e pela Presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1 Maria de Fátima Gustavo Lopes. A segunda mesa prevista para iniciar às 14 horas, será composta pelos gestores dos Governos Municipal, Estadual e Federal. Cada palestrante terá vinte minutos para sua apresentação. Ao final do bloco abriremos inscrições para 10 perguntas com tempo máximo de 2 minutos cada, com corte do som, podendo ser dirigida a qualquer dos palestrantes e terá tempo de resposta de 3 minutos para cada pergunta. David reforçou que se trata de um seminário fechado com inscrição antecipada, portanto não será possível inscrição no local. Ainda nos informes pede-se que ao chegar ao local, não esquecer de assinar o livro de presença e o coro para recebimento do certificado e que o cupom de lanche que estão recebendo será utilizado ao final da tarde. Em seguida iniciou a composição da mesa com a Presidente deste CDS - Maria de Fátima Gustavo Lopes; o Coordenador da CAP-3.1 - Doutor Hugo Marques Fagundes Junior; a diretoria do H.M. Paulino Werneck - Doutora Olga de Abreu Figueiredo da Silva; a Diretora do Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto - Doutora Fátima Regina Almeida Brandão; o diretor do Hospital Estadual Getulio Vargas - Doutor Carlos Henrique Fernandes Ribeiro da Silva (ainda ausente); o diretor do Hospital Federal de Bonsucesso - Doutor Flávio Adolpho Silveira; representando a direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Doutor Carlos Maury Cantalice; representando a direção do Hospital Evandro Chagas - Doutora Márcia Franco da Silva; Representando a direção do IPPMG - Doutora Susan Pereira (ainda ausente). Em seguida, David solicita que todos fiquem de pé para ouvir o Hino Nacional Brasileiro. Após o Hino, David relembra aos palestrantes o critério de perguntas e respostas já citadas anteriormente e passa a palavra ao representante do Conselho Estadual de Saúde Nereu Lopes que faz um introdutório do seminário. Diz se sentir orgulhoso por ser uma discussão que já se arrasta desde os anos oitenta, ainda na época do GEL e justifica o motivo do seminário. Que nas conferências se aprova propostas para a atenção básica de saúde e hospitalar os quais não se consegue tirar do papel e cita que temos uma rede de saúde regional privilegiada devido à nossa região conter hospitais tais como Hospital Universitário, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), Hospital Federal de Bonsucesso, Hospital Estadual Getúlio Vargas e ainda, cita o Instituto de Puericultura Martagão Gesteira como privilégio. Cita ainda a qualidade dos serviços do Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto e do Hospital Municipal Paulino Werneck. Cita ainda que temos a maior rede de PSF e questiona por que não se consegue pactuar com atendimento de qualidade para a comunidade, fazendo esta rede acontecer e para isso nós queremos saber qual o papel de cada um da atenção básica/hospitalar. E continuando pergunta qual será o destino do Hospital Municipal Paulino Werneck quando ocorrer a inauguração do novo Hospital Municipal da Ilha (H.M. Evandro Freire). Questiona ainda o papel das clínicas de Família e das UPAS. Qual é o perfil dos Hospitais Getúlio Vargas e Evandro Chagas - Fiocruz. E segue dizendo: “Enfim temos uma rede perfeita a qual não consegue trabalhar, por isso o motivo desta territorização, afim de que se sabendo o papel de cada um, possamos nos unir criando a nossa rede, motivo deste seminário. Por isso esta primeira rede com os gestores locais cada qual apresentando o que pode oferecer, o que funciona e o que não funciona e à tarde a mesa com gestores maiores para cobrarmos o que o gestor local citar como deficiência para fazer a rede acontecer”. Nereu Lopes finaliza dizendo que se conseguirmos organizar bem a nossa rede básica, certamente estaremos esvaziando as grandes emergências. Agradece e deseja um bom seminário a todos. Em seguida é passado o trabalho para a coordenação da Presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1 – Maria de Fátima Gustavo Lopes, que inicia agradecendo a todos os gestores que compareceram para compor a esta primeira mesa, bem como todos os gestores, profissionais e usuários do efetivo da AP-3.1 e convidados da sociedade civil, Teias de Manguinhos, alunos da UNISUAM e outros presentes ainda não identificados. Agradece ainda ao Conselho Municipal de Saúde pelo Patrocínio, à Coordenação da AP-3.1 e à OTICS – Penha pelo apoio. Fátima em sua fala declara que luta por uma rede local para que atenda a população do entorno contando sempre com os gestores locais e controle social. Ainda em sua fala cita que os hospitais da AP-3.1 atendem a todo o Estado do Rio de Janeiro e seria objetivo que pelo menos 30% fossem destinado ao atendimento de usuários moradores da AP-3.1. Fátima pede desculpas às Clínicas de Família pela restrição nas conferências e diz que fez questão de abrir três vagas para cada clínica de família neste seminário, passando em seguida a palavra para a Diretora do Hospital Municipal Paulino Werneck – Olga de Abreu Figueiredo da Silva. Olga após cumprimentar o público presente, se declara insistente desde a época do GEL (anos 80) e se diz indignada devido a falta de médicos, bem como por não conseguir dar uma assistência adequada à população, quando vê ainda, pacientes rodando de porta em porta à busca de atendimento e o desejo de mudar esta situação permanece. Apresentou três slides de 2007 com pequenas mudanças na logomarca e nos dados. Diz que o H.M. Paulino Werneck é um hospital de pequeno porte, localizado na Ilha do Governador, com 50 leitos. Declara que está no Hospital desde 1979 e não houve mudanças em sua estrutura, número de leitos e sua especificação e declara que vem piorando nos últimos cinco anos. O Hospital contém emergência de baixa e média complexidade, clínica médica, cirúrgica e ortopedia. Tem uma maternidade de baixo risco com treze leitos. Alguns ambulatórios, que vem sendo reduzido atualmente por falta de recursos humanos. Tem ainda dois centros cirúrgicos e hoje é a única porta de emergência aberta dentro da Ilha do Governador. Apresentou dados estatísticos de atendimento de 2011/2012 com média de atendimento mensal de 4.581 atendimentos. Inicialmente se sentiu preocupada, porém depois entendeu que a queda no atendimento se deu ao fato do excelente trabalho desenvolvido pela atenção primária nos dois últimos anos, e lembra que em 2007 a média de atendimento mensal era de 20.000 atendimentos. Olga diz que tal queda se deu devido ao fato da implementação na atenção primária dentro da AP-3.1. Declara que não veio para pactuar o que existe hoje, pois o HMPW encontra-se nos seus últimos momentos ao citar a inauguração do Hospital Municipal Evandro Freire prevista para Junho/2012, quando o mesmo passará a ser o Hospital de referência em emergência para a Ilha do Governador. Informa que o Hospital Municipal Paulino Werneck foi o pioneiro em medicinas alternativas e portanto, ainda em acertos com a SMSDC, a mesma propõe que o Hospital seja mantido como referência em maternidade por enquanto, por não ter ainda acordado outro local, quando se espera conseguir lotar os profissionais ao citar déficit de médicos pediatras. Diz ainda que o Paulino contém 40 leitos de retaguarda para os PADs da Cidade do Rio de Janeiro, criado no Paulino há 15 anos. Citou ainda a proposta de leitos de retaguarda de clínica médica do Hospital Evandro Freire. Olga propõe um atendimento voltado para o idoso, com ambulatório de fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Fisioterapia (psicomotricidade) e uma Academia Carioca. Aguarda a inauguração do novo hospital para fechar a porta de entrada da emergência, passando a receber apenas paciente referenciado e junto com a arquitetura estar definindo o número de leitos que efetivamente poderá disponibilizar para a população, finalizando assim a sua apresentação. Em seguida foi passada a palavra para Márcia Franco da Silva do Instituto de Pesquisas Evandro Chagas (IPEC-FIOCRUZ) que informou que o Hospital foi criado no final do século passado para receber pacientes do interior para tratamento de doenças infecciosas. Inicialmente chamado de Hospital de Manguinhos, depois Hospital Oswaldo Cruz, depois Hospital Evandro Chagas, depois um centro de pesquisas CTPEC e finalmente IPEC – Instituto de Pesquisas Evandro Chagas. Diz que o IPEC pertence a Fiocruz. Em seguida a palestrante apresenta um organograma da Fiocruz. E diz que no passado o IPEC era um departamento do Instituto Oswaldo Cruz, depois de muita luta pela emancipação, hoje ele é uma unidade independente. O hospital está tombado pelo patrimônio histórico, por isso o espaço não é muito grande, não tendo como crescer. Têm vários prédios satélites, é um hospital todo fragmentado, onde os pacientes ficam na varanda na parte de cima, onde é a enfermaria. Na parte de baixo, onde faziam os depósitos no porão na época do Oswaldo Cruz é agora utilizado para salas de gestores, e na parte de cima tem vários laboratórios de pesquisas. Tem ainda os prédios que foram construídos, porém o problema continua sendo o espaço físico. A missão é: contribuir para a melhoria das condições de saúde da população brasileira através das ações integradas de pesquisa clínica, desenvolvimento tecnológico, ensino e assistência de oferenda a portadores de doenças infecciosas. A visão é ser reconhecido no âmbito nacional e internacional por excelência em pesquisa de doenças infecciosas. É uma unidade técnico/científico, que está ligado ao Ministério da Saúde, pertence à área da AP. 3.1 e sempre voltado à pesquisa de doenças infecciosas. Às vezes atende outras demandas. Até o conselho tutelar ás vezes, encaminha paciente, e é verificado se ele tem doença infecciosa. Caso tenha, será acolhido. A população de adultos e crianças são acolhidas no Instituto Fernandes figueira. O IPEC realiza em média 580 internações, 80.000 atendimento laboratoriais e 400.000 exames anualmente. Tem 28 leitos para internação e 4 leitos de CTI que já estão no limite máximo de atendimento. Márcia diz que é Preciso crescer fisicamente. Têm os laboratórios de referência, na coordenação geral de laboratório de saúde pública que trabalha com micologia, leshmaniose e realiza o acompanhamento de aproximadamente 2.500 portadores de HIV; 1.500 portadores de Doença de Chagas e 800 portadores de HTLV. Não é uma unidade de atenção básica. É um hospital específico para pesquisas e não atende demanda espontânea, apenas os quadros febris recentes por suspeita de dengue ou malária. Não possui porta de emergência. A palestrante informa que o primeiro atendimento se dá apenas através de encaminhamento das unidades de saúde. A Incorporação de pacientes se dá de acordo com o protocolo de pesquisa do Hospital. O IPEC presta assistência biopsicosocial no centro de internação, CTI, ambulatório e Hospital Dia. Tem o centro de estudos que é independente, porém é gerido por um funcionário da Fiocruz. O IPEC dispõe de Curso de doutorado, mestrado acadêmico, mestrado profissional, especializações, atualização, aperfeiçoamento, residência médica, programa de estágio curricular. Apresenta em sua estrutura: Comitê de ética em pesquisa, comitê de ética médica, comitê de humanização, e comissão de infecção hospitalar, bem como: Linhas de pesquisas em micologia e vigilância a leshmaniose, oftalmologia em doenças infecciosas, dermato-zoonózes em animais domésticos, parasitologia, imunogenética em doenças infecciosas, farmacogenética, doenças febris agudas, epidemiologias clínica, bacteriologia em bioensaios, patogenia viral, dermatologia infecciosa, medicina intensiva, doença de chagas, DST, AIDS, neuroinfecções, micobacteriose, economia das Organizações de saúde. Esse último é um laboratório novo que estuda todos os custos dentro de um hospital, tais como consumo, gasto com pessoal, etc. Informa ainda que há os laboratórios de serviços de análises clínicas, hematologia, imunologia, bioquímica, secreções e excreções para pacientes internados. Medicina do viajante (para quem vem de outro país com alguma doença estranha, deverá ir para lá que vai ser investigado). Imunização, vacinação, imuno-suprimidos em situações especiais, retaguarda para terapia intensiva em caso de epidemias. esclarecimento, diagnóstico e parecer de Doença de Chagas, HTVL, Micoses, Uveítes, Leshmaniose, diagnóstico de HIV, de Tuberculose, entre outras. A palestrante expõe quais seriam as dificuldades, dizendo que precisa da rede para realizar outros exames complementares que envolvem procedimentos invasivos e suporte cirúrgico com risco, tais como: Biópsia hepática, ressonância magnética, Doppler vascular, cintilografia, cineangiocoronariografia, marcapasso, desfibrilador, entre outros. A palestrante finaliza sua apresentação e passa para a presidente do CDS, que anuncia a próxima palestrante, Fátima Regina Diretora do Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto. A mesma inicia sua apresentação cumprimentando a todos os presentes, e falando do hospital que esse ano completará 60 anos. Informa estar lotada nesta unidade desde 1986 e gostaria de apresentar o perfil da unidade. Informa ser um Hospital pediátrico com faixa etária de 0 à 17 anos, e em 2011 teve 1.667 internações pediátricas, tem perfil cirúrgico importante para a área e para o Estado. As cirurgias são pediátricas, otorrinolaringológicas e plásticas. Informa que houve 1.719 cirurgias no ano de 2011. Possui 03 salas cirúrgicas, 16 leitos de enfermaria cirúrgica, 20 leitos de enfermaria clínica e 03 leitos de UPG. Tem 21 consultórios onde em 2011 ocorreram 8.304 consultas no ambulatório de especialidades cirúrgicas, assim como nas outras especialidades associadas aos procedimentos lá executados, tais como fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição, entre outras, Dá suporte e apoio aos pacientes com problemas mentais preparando as crianças para uma cirurgia com menos traumas e com maior aceitação dos procedimentos a serem realizados. Especialidades clínicas: Pediatria, dermatologia e hematologia. Informa que foram realizados 816 exames de ultra-sonografia (recente), que a radiologia médica e odontológica foram 2.772 exames (aparelho novo, instalado recentemente, onde realiza radiografia panorâmica). Na patologia clínica foram 319.000 exames devido ao laboratório de análises clínicas do H.M.N.S.Loreto servir à toda área da AP - 3.1. Tem ainda os serviços de nutrição e otorrinolaringologia com consultas, cirurgias e naso-endoscopias, essenciais no tratamento de pacientes portadores de lábio-leporino e fenda palatina, devido ao hospital ser referência no tratamento de pacientes portadores de fenda labial e fenda palatina para todo o Estado do Rio de Janeiro desde 1985. O serviço de audiologia é recente, iniciando-se em 2011, com os equipamentos cedidos do Hospital Municipal Jesus para atender ao CEFIL e também à toda a AP3.1. O hospital é credenciado pelo Ministério da Saúde desde 2001 para a alta complexidade deste atendimento. Continua sendo o único hospital em todo o Estado do Rio de Janeiro com este credenciamento. Em 2011 houve 234 casos novos, sendo 53% de pacientes residentes fora do município do Rio de Janeiro. Algumas especialidades são exclusivas do centro de fissuras, como a fonoaudiologia que realizou 5.967 consultas no ano passado (2011). A odontologia tem 5 consultórios no ambulatório e 01 consultório no centro cirúrgico para atendimento completo com anestesia para pacientes com alta complexidade. Na terapia ocupacional foram 2.623 consultas em 2011. A fisioterapia é aberta a todo o público do hospital. Informa ainda que o Hospital recebe suporte para a capacitação e especialização dos seus profissionais. Os serviços de Assistência Social têm uma participação muitos ativa dentro da unidade, porém há um déficit de profissionais dessa área na unidade. Informa que só tem dois dias de atendimento ambulatorial em pediatria para o centro de tratamento de fissuras. Informa que a unidade está em planejamento para mudança do perfil do ambulatório de pediatria e que já é de ciência do nosso coordenador, para que o hospital se volte não para a atenção primária, mas para o que já é desenvolvido na unidade. Em seguida encerra sua apresentação e passa a palavra novamente à presidente do CDS, que convida o Dr. Carlos Henrique Fernandes Ribeiro da Silva, diretor do Hospital Estadual Getúlio Vargas para compor a mesa e anuncia o palestrante, Dr. Carlos Maury Cantalice, representando a direção do H.U.C.F.F. O palestrante inicia sua apresentação, falando sobre a história do H.U.C.F.F., que foi inaugurado no ano de 1978. Relembra que em junho de 2010 houve a ruptura parcial da ala sul, também chamada de perna seca. Teve a implosão em janeiro de 2011 e depois um grande esforço para retomar as atividades na medida do possível. O palestrante informa o recebimento no final de 2011 de cerca de R$17.000.000,00 exclusivamente para obras. Um número de 22 obras que não cobrem todas as obras que o hospital precisa, porém estão concluindo a obra da emergência. A ala D terá uma medida de contraventamento para o hospital não balançar, mas é um laudo dos engenheiros e da Defesa Civil que irá liberar, para entrar em obra também. A missão do HUCFF é desenvolver ações de ensino e pesquisa em consonância com a função social da universidade, articuladas na assistência à saúde de alta complexidade integradas ao SUS, promovendo ao seu público atendimento de qualidade, de acordo com os princípios éticos e humanísticos. Informa que o contrato de gestão surge a partir da portaria 1.000 de setembro de 2004, assinados pelo reitor e o gestor municipal, através da secretaria municipal de saúde, tendo uma nova pactuação recentemente que diz, que na parte da assistência, deverá ser integral e humanizada a saúde de usuários do SUS, particularmente em média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, de acordo com pactuação estabelecida. A política de humanização em saúde pública discute cada passo da assistência, e estuda um produto para ser divulgado até o final desse ano, que é a “carta ao usuário”, onde é apresentado cada setor do hospital e como faz para se relacionar com ele. Sobre o aperfeiçoamento dos profissionais, a promoção da educação continuada visa aprimorar a capacitação e qualificação do corpo profissional. Inclusive, consta em uma clausula do contrato o oferecimento de vagas dos cursos que o HUCFF oferece, que é repassada à secretaria para que as unidades da rede possam participar dos cursos que oferecemos. O palestrante fala sobre a participação do HU na rede, e diz que o mesmo está inserido na AP- 3.1 do município. Região de grande densidade populacional, com concentração de pessoas de baixa renda e de baixa densidade de equipamentos públicos de atenção básica e de média complexidade, bem como equipamentos sociais de caráter geral, isso está no contrato, e dentro da sua capacidade, ajudar na melhoria do bem comum. Todas as políticas públicas que o HU tem por obrigação, possam e venham a participar, lá estaremos para poder auxiliar nessas questões. O HU é referência para a região metropolitana em relação à atenção ambulatorial especializada e internação de alta complexidade, estando o processo de regulação sob responsabilidade do gestor municipal, conforme acordo de programação pactuada e integrada intermunicipal, firmado pelas instâncias gestoras respectivas. O palestrante informa que a unidade tem que estar com todos os indicadores em dia, por subir de nível de média e alta complexidade no programa de reestruturação dos hospitais universitários federais, que é o REUFE, que em média dá quase R$ 3.500.000,00 por ano para o hospital. Os principais indicadores: O HUCFF dispõe de 21 salas cirúrgicas, sendo 15 ativas, as demais estão em reforma. O HU tem 449 leitos em seu plano diretor, estando ativo neste momento 300 leitos, e a média diária de ocupação são de 200 leitos. A meta ambulatorial é de 20.000 consultas/mês, e efetuamos cerca de 1.200, embora, normalmente realizamos cerca de 1.500. Atualmente, são realizadas cerca de 25 cirurgias/dia. Média de consultas de primeira vez é 7%, agendado através da rede. Em alguns momentos não existe problema de insumos, mas no agravamento da falta de profissionais, que ocorre já há algum tempo. O HU disponibiliza as atividades pactuadas para a rede serviços do SUS, submetendo-se ao controle e regulação progressivamente implantados e implementados pelo gestor municipal. A regulação progressiva visa possibilitar as ofertas adequadas às necessidades de saúde dos usuários e dos acordos estabelecidos. A Instituição deve garantir o acesso aos serviços pactuados de forma regular e contínua, seguindo a programação pré-estabelecida. As alterações no plano operativo tem que primeiro serem analisadas e caso tenham inclusão, faz-se um termo aditivo no contrato após ter sido avaliado por uma comissão composta por representante da SMSDC e do HUCFF. O palestrante informa que o agendamento das consultas é realizado através do sistema de regulação (SISREG), inclusive as internações eletivas, conforme critérios da pactuação. Após a alta, o paciente recebe uma cópia do sumário de alta, classificando a doença que ele teve, quais os procedimentos realizados, se usou prótese ou não. Tal procedimento serve tanto para melhorar a qualidade do faturamento, quanto para controles internos e externos. Em termos de atividades educacional e de pesquisa, temos graduação dos profissionais que se formam em todas as áreas de saúde. Pós-graduação, residência médica e multi-profissional, estágios curriculares e extracurriculares e alguns estágios técnicos, principalmente na área de enfermagem, fisioterapia e fonoaudiologia. Essas são as parcerias entre o HUCFF e SMSDC/RJ de 2004, evoluindo. No aprimoramento da gestão,a elaboração de um plano diretor para o ciclo 2011 / 2020 para estabelecer prioridades, saber como serão os controles, quais são as metas e indicadores para esta avaliação. Além disto, acompanhamento dos projetos, quando deveremos estar com o sistema informatizado do SUS. O palestrante informa a respeito do repasse de verba, que tem seu valor de acordo com os níveis de complexidades, distribuído da seguinte forma: Média complexidade ambulatorial e hospitalar e ainda o recurso do REUFE que anualmente é cerca de R$ 3.300.000,00. Quando temos o valor mensal de R$ 2.736.000,00 e o valor anual é de R$ 32.000.000,00. Na alta complexidade ambulatorial e hospitalar temos R$ 2.300.000,00 e o anual é de R$ 60.000.000,00. O problema é que em 2008, o HU precisava de R$ 7.000.000,00 por mês, isso em meio à crise de financiamento da época. Porém hoje, a necessidade é em torno de R$ 100.000.000,00 ao ano, não incluindo nesta conta os problemas de recurso humano. Hoje existe 3.200 servidores, onde 1.000 deles não são estatutários, divide-se entre 700 que são extra-quadros, e 300 funcionários terceirizados que foram contratados temporariamente através de licitação da reitoria, mas que só terá uma prorrogação de mais 12 meses. Outro problema é a faixa etária dos funcionários que é altíssima, em torno de 45 anos. Buscando a solução, o governo federal propôs a criação da ABSER (Agencia Brasileira de Serviços) que, se aprovado pelo conselho interno, poderá contratar regularmente mais pessoal, ativando em torno de 150 leitos que hoje estão desativados por falta de pessoal e basicamente a Ala D que está desativada por falta de equipamento e profissional, faltando fazer obra. O palestrante finaliza sua apresentação, agradecendo e passa a palavra para a Presidente do CDS, que chama o palestrante Dr. Carlos Henrique, diretor do Hospital Estadual Getúlio Vargas. O palestrante então começa sua explanação desculpando-se pelo atraso em decorrência do trânsito, apresenta o HEGV o qual se encontra o cerca de sete meses sob sua direção e diz que a unidade é eminentemente assistencial. Que é um hospital de pronto socorro. Diz Carlos Henrique que existe um víéis de ensino ligado à residência de enfermagem e que há profissionais da área de enfermagem que cumprem estágios na unidade. Diz que na área de pesquisa o HEGV tem uma atuação proeminente, como um órgão de pesquisa, mas participando principalmente em trabalhos na área da terapia intensiva. Dois deles, internacionais ocorrendo no momento, além de trabalhos com universidades aqui no Rio de Janeiro, inclusive a UFRJ. O palestrante informa dados objetivos da realidade do hospital, em função da necessidade de aqui estarmos, sendo esse o 1º seminário para pactuação da rede que é extremamente importante. Segundo o palestrante, o problema da saída do paciente do HEGV, que aporta sua emergência é um problema muito sério e é de conhecimento de todos. Diz que o HEGV é uma emergência de portas abertas, onde a recusa de paciente não ocorre e caso ocorra, será por falha do profissional quando as medidas serão tomadas. O HEGV está subordinado ao governo do Estado do Rio de Janeiro, da secretaria de estado de saúde, no ramo da sub secretaria de unidades próprias, superintendência de unidades próprias que envolvem também as UPAs. A Missão do HEGV é Prestar atendimento de urgência e emergência de média e de alta complexidade, porém, muito mais de média complexidade. No tocante à alta complexidade, é quando fazemos parcerias com outras instituições. Portanto temos esse tipo de atendimento na unidade. Visão do HEGV: Temos como princípios básicos: A ética, a qualidade e a humanização (palavra muito falada, pouco atendida e que deve ser uma das metas do nosso trabalho), ser reconhecido como centro de excelência. Não há porque ser menos no serviço de trauma, ortopedia, vascular e área neurocirúrgica no âmbito estadual. Valores: Ética: Não pode deixar de ser nunca. Humanização nunca. Inovação nunca. Planejamento jamais. Organização, responsabilidade e comprometimento não são palavras que devem ser faladas em vão. O hospital hoje tem 184 leitos. Obras: Temos o setor de ortopedia que está sendo revitalizado, praticamente já quase sendo inaugurado, o setor de terapia intensiva já praticamente pronto (a obra foi entregue ontem, faltando apenas marcar a data para a inauguração). Em emergência, a capacidade instalada é de 16 leitos masculinos, 16 leitos femininos, além de uma sala pediátrica também nos mesmo moldes. Porém a média de ocupação é de duas a três vezes a capacidade atual. Existe a necessidade de uma pactuação forte, clara, sem dificuldades, e isso é uma proposta que se constrói, e sei que isso já vem sendo trabalhado há muito tempo. Desafios: Em relação aos materiais, não encontram grandes desafios. Em relação ao recurso humano, não somente o quantitativo, mas principalmente a qualificação. Em relação ao centro cirúrgico, atualmente em funcionamento são 07 salas cirúrgicas, duas em fase final de acabamento, e o volume cirúrgico chega a 540 cirurgias/mês. São reservadas uma ou duas salas de cirurgia para a porta aberta. O palestrante diz que cada vez mais dá apoio ao NIR (Núcleo Interno de Regulação) para que se torne cada vez mais forte, interagindo com as outras unidades, onde ali de acessa o SISREG que é um projeto relativamente novo que apresenta problemas, mas apresenta também méritos. Ouvem-se muitas críticas, porém o utiliza como porta de saída e é uma ferramenta que deve ser insistido. O HGV apresenta os serviços de radiologia geral, tomografia computadorizada, ecocardiografia, eletrocardiografia, endoscopia digestiva, colonoscopia, diálise, comissão de curativo, serviço de farmácia, fonoaudiologia, hemoterapia, pequeno núcleo de geriatria e gerontologia, nutrição e o PAD que é extremamente importante, passando no momento por dificuldades de transporte, porém atendendo em média de 50 pessoas mensalmente, ou seja, 50 leitos hospitalares vagos para outros pacientes. O HEGV é uma emergência de 48 leitos, com lotação de até três vezes mais, tendo ainda os serviços de psicologia, saúde mental, anestesiologia, buco-maxilo-facial, clínica médica, cirurgia geral, cirurgia plástica com limitações, não tendo condições de atender a queimados, Cirurgia vascular, cirurgia de tórax, pediatria e a cirurgia pediátrica limitada pelo fato de não ter UTI ou UI, porém existe projeto básico neste sentido. Comentou que em reunião na CAP-3.1 com a Substituto do Coordenador - Márcia Reis no dia 21 de abril, tomou conhecimento sobre a carência de pediatras na rede e diz que a emergência pediátrica do H.E.G.V. está assoberbada, atendendo em média por dia 280 à 340 crianças. Ainda em sua fala Carlos diz que não houve grande aumento de atendimento em relação ao ano de 2011, porém houve muitos pacientes de fora da área da AP-3.1. O número de crianças e neonatos com necessidades de atendimento em UTI aumentou sensivelmente, comparando com o ano passado. Ainda falando dos serviços, o HEGV dispõe dos serviços de Ortopedia, Proctologia, terapia intensiva com 38 leitos ativos, e 24 leitos a serem inaugurados, com dois leitos de isolamento, num total de 62 leitos. Trata-se de uma unidade estadual que tem um grupo de trabalho que desenvolve trabalho em pacientes acometidos de Acidente Vascular Cerebral (trombo-embólicos) que necessita de uma enzima para fazer o lise deste trombo. Trata-se de neurologistas que se especializaram nesta atividade e hoje estão nesta condição de médicos da Secretaria Estadual de Saúde destacados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, compondo a equipe de trabalho. E segundo Carlos Henrique, a resposta favorável é muito grande. Que a taxa de insucesso está abaixo da taxa mundial. O serviço de urologia cresce a cada dia, precisando apenas fazer algumas adequações relacionados à enfermaria, porém hoje atende em média 250 indivíduos, podendo chegar a 750, dependendo apenas de leitos de enfermaria. O setor de emergência é composta de quatro segmentos: Unidade clínica adultos masculina e feminina, unidade clínica pediátrica, a unidade semi-intensiva que não é da emergência, mas fica alojada nela com 15 leitos e a unidade de cuidados intensivos (antiga sala vermelha). Segundo o palestrante, o paciente em sua alta ou até mesmo nos casos em que não houve a necessidade de internação é referenciado para o serviço na unidade básica, fazendo uso do SISREG. O hospital conta ainda com o suporte do Rio Imagens para exames fora da unidade de tomografia computadorizada, mamografia, ecocardiagrama e ressonância magnética. O outro local é o ambulatório de seguimento em curto prazo. O palestrante diz ser extremamente importante a referência da rede básica para que os pacientes possam ser encaminhados e acompanhados próximo de sua residência. Diz ainda que na emergência tem um sistema de acolhimento e classificação de risco, conforme norma, executado por enfermeiros. Continuando sua fala, Dr. Carlos apresenta a média mensal de 2011 de 16.552 na emergência e a média mensal em 2012 é de 17.121. Em abril, 19.213 atendimentos faltando a porta de saída desses pacientes. A Média de cirurgias de emergência em 2011 foi de 248. Em 2012 foi 268 cirurgias. Em abril/2012 foi 283 de emergência, chegando a 523 considerando as eletivas. A média mensal de cirurgias em 2011 foi 472, em 2012 foi 510, em março/2012 foi 547 cirurgias. A produção laboratorial tanto em 2011 como em 2012 é acima de 50.000 exames. Tomografia em torno de 3.500 em 2011. E seguiu dando dados estatísticos de atendimento, frisando a necessidade da porta de saída. Apresentou algumas fotos de equipamentos e atendimentos na unidade, incluindo a nova enfermaria de ortopedia, citando diversas obras a serem inauguradas em breve. E encerra com uma frase que segundo o palestrante estava escrito no muro de Berlim: “Algumas poucas pessoas, em alguns poucos lugares, fazendo algumas poucas coisas, podem mudar o mundo”. A presidente da mesa Maria de Fátima Gustavo Lopes retoma a palavra, agradece ao palestrante e passa a palavra ao Diretor do Hospital Geral de Bonsucesso Dr. Flavio Adolpho da Silveira, que inicia agradecendo o convite. Flávio diz que fora do Brasil não se chamaria de Hospital de Bonsucesso, mas sim de um complexo hospitalar por ser ele formado por 6 prédios com 42.000 metros quadrados de área construída. Localizado numa área onde se tem a maior concentração de pessoas desassistidas, ou assistidas precariamente no nível social, tendo como missão contemplar através do SUS as necessidades básicas de saúde. O HGB tem 36 clínicas registradas, 29 serviços métodos complementares envolvendo 6.000 trabalhadores, sendo 50% servidores estatutários e 50% terceirizados (segurança, limpeza, alimentação, manutenção, etc). Nos últimos 10 anos se definiu como hospital de alta complexidade, chamado ainda de hospital quaternário. É um centro transplantador. Tem uma história de transplante renal há 30 anos. É um dos primeiros hospitais públicos a realizar a transplante renal e no mês passado se comemorou 10 anos de transplante hepático. É o terceiro hospital que faz isso e o único no Brasil que faz transplante em crianças. O HGB tem também outra característica em relação à alta complexidade que são as cirurgias oncológicas principalmente cabeça e pescoço. O palestrante citou cirurgias de alta complexidade em que o investimento ultrapassa R$100.000,00 (cem mil reais). No que diz respeito a cirurgia toráxica, já se discute a possibilidade de se realizar a cirurgia de transplante de pulmão. Cirurgia esta que hoje não é realizada no Rio de Janeiro, havendo necessidade de se transportar para São Paulo ou para o Sul do país. No HGB se realizam cirurgias vídeolaparoscópicas, endócrinas, cardíacas, alto risco materno infantil e serviço de diálise peritoneal inclusive em crianças. Tem especialidades clínicas e cirúrgicas pediátricas de alta complexidade. O palestrante diz já ter freqüentado inúmeros hospitais e grandes centros médicos inclusive no exterior, porém em nenhum deles teve a oportunidade de conhecer um hospital com tão grande complexidade e valores técnicos como vê no Hospital de Bonsucesso, desde o seu ambulatório e ainda voltado para o ensino. Flávio diz que entre os 900 médicos lotados no HGB, tem em torno de 80 mestres e doutores. Diz que os pontos fortes são as associações existentes dentre do HGB, porém fala dos pontos fracos, citando os pacientes com tuberculose que entram no hospital pela emergência e, entretanto não se tem a porta de saída. Outro ponto fraco tange aos pacientes com doenças muito graves como por exemplo, um câncer terminal. Como vai fechar a porta de entrada para a população do entorno nesta situação? Tem que regular esta porta de entrada lá no ambulatório. Diz que está buscando junto com a CAP-3.1 construir um hospital que é referência em porta de entrada, mas que não tem a referência de porta de saída. Comenta sobre o serviço de fenda palatina do H.M.N.S. Loreto e o PAD do H.M.Paulino Werneck e se mostra favorável à parceria. Dr. Flávio elogia o encontro com os gestores locais e diz que devemos buscar à tarde, junto aos gestores maiores, mecanismos facilitadores para que possa melhorar a atenção à saúde. E diz que não é justo que o direito à saúde e o direito humano seja oferecido à uma classe social que esteja em uma situação diferenciada e que os direitos humanos tem que ser dado àqueles que estão no chão das emergências. Declara que fotografou isso na Emergência do HGB e enviou ao Ministro da Saúde. Finalizando, Dr. Flávio diz que não devemos ficar omissos. Agradece e retorna a palavra à Presidente de Mesa Maria de Fátima Gustavo Lopes que agradece ao diretor do Hospital Geral de Bonsucesso Flávio Adolpho e passa em seguida a palavra ao Coordenador da Área de Planejamento 3.1 – Doutor Hugo Marques Fagundes Junior que inicia sua fala parabenizando o evento pela riqueza de informações vindas por parte dos gestores presentes e pela lotação do auditório e diz ser um momento singular. Diz que temos dentro da CAP-3.1 muitos recursos, porém de ação fragmentada. Recursos de magnitude singular, porém o impacto real para a vida do cidadão ainda não se faz sentido, precisando inicialmente valorizar o diálogo, compreender que temos os setores como por exemplo o estado que está investindo em equipamentos, o governo federal que está investindo em equipamentos tecnológicos no Hospital Geral de Bonsucesso e no H.U. O município está construindo o Hospital Geral na Ilha do Governador e tem a perspectiva de fazer o processo de transformação dando novo perfil ao Hospital Paulino Werneck; a FIOCRUZ investiu recursos no Instituto de Pesquisas Evandro Chagas; houve investimento no Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto com renovação tecnológica e a atenção primária vem fazendo investimento maciço em estrutura tecnológica. De fato, o ponto fraco citado por Flávio Adolpho sobre pacientes com tuberculose, Hugo Fagundes diz que é realmente o calcanhar de Aquiles em toda a rede básica do município, devendo ao final retornar ao assunto para se pensar. Hugo Fagundes diz que a porta de entrada do sistema deverá sempre ser a rede básica e quando isso não acontece ocorrem estes pontos fracos. Uma desarmonia do processo, quando se tem um complexo hospitalar onde se trata desde a unha encravada até o transplante de fígado, o que certamente não é a vontade dos 6.000 trabalhadores que ali estão. Este não é o investimento e nem a vocação deste local. O sistema precisa dar resposta a isso. Precisamos compreender, olhando os dados do nosso território no censo 2010 do Instituto Pereira Passos, quando a nossa população em relação ao censo de 10 anos atrás diminuiu. Hoje o nosso universo populacional oficialmente definido é de 886.000 habitantes distribuídos de forma relativamente homogenia na estrutura da Leopoldina que tem duas estruturas, sendo um pouco mais populosa ao norte, sendo a área mais populosa da cidade. Tivemos um decréscimo populacional considerável no conjunto de bairros da cidade. O nosso crescimento foi menos da metade do crescimento da cidade, e isso reflete um pouco o que nós vivenciamos nesta última década. Quando analisamos um pouco este desenho o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH compreendemos um pouco melhor este processo. Uma boa parte dos nossos bairros tiveram um decréscimo no IDH. Analisando o decréscimo de IDH da cidade, o penúltimo é o Complexo do Alemão. Manguinhos, Maré e Complexo do Alemão seguem com baixíssimo IDH. Hugo acha importante destacar que toda essa gama de recursos precisa refletir na melhoria concreta de vida desta população e nossa responsabilidade é criar formas que de fato o morador do complexo do Alemão possa utilizar os recursos do sistema com acesso direto, entrando pela porta de entrada da atenção primária. Se necessitar de exames e consultas especializadas ou de alta complexidade, consiga na progressão do sistema. Não é o sujeito que vai buscar. Para que a gente possa compreender e falar uma mesma linguagem. O desenho da atenção primária se ele se propõe ser ordenador do sistema, está centrado numa lógica de território, na idéia de continuidade dos cuidados e acompanhamento territorial, devendo isso ser o início da nossa conversa, para que de fato compreendamos como está este processo. Falando um pouco do que temos de mudança, a mortalidade materno infantil, não muito diferente do situação do Rio de Janeiro, a mesma situação para mortalidade infantil. É importante citar que o desenho da mortalidade infantil acompanha o desenho do IDH. O Programa Bolsa Família atende mais as áreas de baixo IDH e isso é um dado positivo para a secretaria. Em relação à Tuberculose Pulmonar, o que é absolutamente preocupante é que a capacidade da Secretaria de Saúde que é de vigilância, notificação e acompanhamento dos casos, está se perdendo ao longo dos tempos. Diz Hugo que é curioso se visualizar uma taxa de incidência na notificação de casos de Tuberculose Pulmonar e Bacilífica que vem se reduzindo ao longo do tempo, refletindo uma fragilidade do sistema na notificação. Diz Hugo ser um artifício preocupante. Dado este que nos alerta para se repensar na organização da nossa rede. Falando em produção da Atenção Primária, conseguiu-se uma expansão, com o dobro da produção ambulatorial em 2011. Toda a produção de 2009 em pré-natal conseguiu terminar 2011 com um cenário bem melhor. Para consolidarmos o sistema, temos que avançar muito ainda. Estamos ainda aquém da taxa de exames citopatológicos para câncer do colo do útero na faixa mais importante. Fala da dificuldade na continuação do tratamento dos casos de lesão precursora do colo do útero devido à grande fila de espera, com dificuldade de acesso que ainda é muito falho e moroso. Hugo diz que não se trata de um problema específico de atenção primária ou hospitalar e sim um problema nosso, do sistema de saúde e que devemos analisá-lo de forma global e pensar numa forma de unir os pontos desta rede em prol do paciente. Analisando os gráficos expostos em tela, Hugo diz que a atenção primária deu um salto, porém na média complexidade houve uma estagnação. Analisando ainda o gráfico, Hugo cita um déficit de 137.000 procedimentos de atenção especializada que certamente é feito a nível ambulatorial pelos Hospitais de nossa área, porém que não deveriam ser feitos. Hugo falou da expansão da estratégia de saúde da família em nossa área, iniciando com o subsistema Leopoldina norte, quando diz que deu um salto de 8% de cobertura para 43% de cobertura, hoje com 47 equipes estruturadas com condições de um leque de opções para o usuário, que não tinham na unidade tradicional, tais como: Curativos, retirada de gesso, etc. Hugo diz que todas as unidades receberam investimentos. Umas mais, outras menos. Continuando, Hugo diz que no Subsistema Leopoldina Sul deu-se um salto de 58% para 90% de cobertura de ESF, porém com algumas áreas de baixo IDH ainda sem cobertura. Basicamente área urbana, sendo um desafio para a próxima gestão. Segue ainda em processo de adequação algumas unidades na área da maré, o que deve ocorrer ainda este ano, com um prazo de dois anos para que toda a Maré tenha suas unidades redesenhadas para um atendimento digno à população. O Subsistema Ilha do Governador deu um salto de 3,8% para 32% de cobertura de ESF, com a constituição de duas clínicas de família e investimento em duas unidades de saúde (CMS Madre Tereza de Calcutá e CMS Parque Royal) que terão o início das obras ainda este mês, assim como a reforma de todas as unidades tradicionais que estarão em curso ainda este ano. O processo de expansão envolve o desafio de criar capacidade tecnológica (NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família). Para dar certo precisamos conseguir que este cidadão seja acompanhado pela equipe de saúde da família da sua área de moradia em todos os níveis de atendimento. Houve em nossa área um grande investimento em Academias Carioca, vinculadas às Unidades de Saúde com aporte tecnológico para realização de atividades físicas, com profissionais professores de Educação Física em pacientes portadores de doenças crônicas acompanhados nas unidades de saúde. Processo este, que certamente repercute na redução da procura nas emergências. Outro investimento é na Reabilitação de pacientes. Na nossa área temos um investimento diferenciado na área de reabilitação. Temos dois núcleos de desenvolvimento infantil. Um no CMS Madre Tereza de Calcutá e outro no CMS Maria Cristina Roma Paugartten com equipes treinadas para acompanhar crianças com necessidades muito específicas (um trabalho precioso e muito importante nos primeiros dias de vida). O Centro de Reabilitação da Clínica Felippe Cardoso, último investimento nesta área, vai se seguir de uma modernização da estrutura do CMS Madre Tereza de Calcutá e Policlínica Newton Alves Cardoso, com proposta de oferecer mais à porta de Saída dos Hospitais em casos de traumas ou cirurgias que necessitem de acompanhamento posterior. A realização do exame citopatológico está em torno de 24%, ou seja, menos da metade do que deveria se realizar.. O Acolhimento Mamãe-bebê teve uma expansão com a entrada do Projeto Cegonha Carioca que vai trazer uma melhora na qualidade do sistema. O investimento de saúde na escola é de fundamental importância como ação estruturante. Hoje a AP-3.1 tem algumas ações de saúde importantes junto à escola. Outro investimento tecnológico importante é a realização de 2.000 exames por mês. Era em 2009 uma das situações dramáticas o aumento nos exames laboratoriais quando se cita o Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto como integrante da rede de suporte laboratorial da atenção primária. No momento de suma importância, quando caminhamos para o pulo do gato, com uma estrutura de prontuário eletrônico, alimentando o sistema com informações que sem dúvida é um desafio muito grande, se tem trocado experiência com outros coordenadores de área, quando na verdade está se trabalhado com quatro produtos diferentes, devendo entrar um quinto, porém todos apresentam problemas. Se lida com uma margem enorme de imperfeições causando irritação constante, com queixas de todos. O Sistema de regulação é um caminho penoso mesmo, porém é um caminho fundamental a seguir. Hugo diz que os exames laboratoriais entram nos próximos meses para certificação eletrônica com resultado distribuído por via eletrônica, desfazendo este nó do sistema que é o retorno da informação ao paciente. Hoje o retorno de resultado de exame citopatológico não é inferior a 60 dias. O carteirômetro que é uma carteira de serviços a serem executados em toda a atenção primária. De Abril à Novembro de 2011 houve um notável avanço, como a desconstrução dos pólos que eram enormes gargalos. Hugo cita que todas as unidades de saúde deveriam ter a sala de vacinas funcionando, porém não é a realidade. Apresentou um gráfico da regulação com uma longa fila de espera, onde se mostram diversos atendimentos que temos capacidade tecnológica de realização, porém não realizamos e que poderíamos resolver em âmbito local e não resolvemos. Hugo diz que o SISREG tem problemas, porém saúda o esforço de todos os profissionais que ao longo desses anos vem construindo o sistema de regulação. Hugo diz que todos nós compreendemos a dificuldade deste processo e como é difícil fazer com que ele possa facilitar o itinerário do paciente. Próximo a falar Gilberto Souto da Silva da Executiva do Conselho Municipal de Saúde e representante da FAFERJ em sua fala diz ter sido vitima de uma funcionária do CMS Américo Veloso no sábado passado quando o mesmo narra que chegou ao posto para tomar uma vacina faltando quinze minutos para meio dia e a funcionária Gildete que estava na vacina falou que não iria aplicar a vacina devido ao horário, o mesmo reclamou e ela disse que tinha que ir embora e não aplicou, porém um outro funcionário realizou a vacina no mesmo. Declara que foi discriminado pela referida profissional. Usando deste exemplo, Gilberto diz que é difícil sair do papel para a prática. Não adianta ficar só na falação. Aproveitou sua fala para tecer elogios à gestora Olga do Hospital Municipal Paulino Werneck. Em seguida passou a palavra para Elyne que diz que na sua opinião esse primeiro encontro é muito importante. E que na verdade se constrói rede com protocolo, papeis e com pessoas com compromisso, porém acha que esse é o primeiro passo bastante importante e sugeriu que nas outras vezes tenha um tempo maior para se discutir o que é uma atenção básica, o que é um NASF, o que é um território para saúde da família porque o Rio de Janeiro expandiu muito rápido em dois anos sua atenção básica. E segue dizendo: Conforme o Hugo falou, essa incorporação de dentro da rede não se deu de forma articulada. Agora eu acho que é importante também o que Hugo apresentou que ajuda a articular um diálogo que é a análise. Hugo começou a mostrar que temos os problemas de mortalidades, de tuberculoses, de saúde materno infantil e portanto nossas unidades de forma geral e a rede básica tem que ficar de portas abertas. Quantos aos hospitais estão se organizando conforme a necessidade da população e não em função da suas próprias características. Enquanto o HGB faz um transplante e o Hospital do fundão também, como ficam os casos de diagnóstico de tuberculose na cirurgia toráxica que não se consegue mandar pra lá. E o pré-natal de alto risco que a atenção básica não consegue resolver. E sugere uma discussão nos problemas de saúde e na fila de espera. Próxima a falar é Íris Valadares da Clinica Zilda Arns que faz a seguinte pergunta: Na minha unidade recebo curativos que nunca foram de primeiro grau. Curativos vasculares aonde encontro pacientes com pés fétidos, necrosados e até com disposição óssea. É uma situação!! Quem quiser ver eu tenho até as fotos aqui. O que eu ouço é que não existem materiais apropriados porque nós somos unidade básica, porém recebemos pacientes sem poder mandar embora. Soube que as UPAs tem este tipo de material embora não realize nenhum tipo de curativo. Íris quer saber como se resolve essa situação em que a rede não dá nenhuma oportunidade imediata para esses pacientes que correm risco inclusive de perder os seu membros? Próxima fala é Janina da Unisuam que diz que fará a pergunta como professora sobre a residência que o Dr. Hugo falou. Quais são as categorias profissionais que podem fazer? Em seguida fala Leonardo, médico da Clínica de Família Felippe Cardoso que inicia dizendo que existe um erro conceitual tanto por parte dos usuários, quanto por parte dos profissionais de saúde sobre a função da clinica da saúde da família na rede. Fala-se muito em prevenção, porém hoje a clínica da família se torna responsável em atender as pessoas e a gente consegue resolver em torno de 90% dos problemas de saúde da população sem precisar dos serviços da rede hospitalar aqui representada, onde muito se falou em referência e contra-referência em porta de saída. Uma mesa desproporcional com uma pessoa para falar 20 minutos da rede básica, sete pessoas para falar de nível terciário e ninguém para falar de nível secundário que são as UPAs e Policlínicas. E pergunta se realmente existe um movimento da rede hospitalar no sentido de estar enviando estes pacientes de volta para as clínicas da família buscando o seu endereço e sua referência? Em seguida Dr. Moysés do HGB diz que fará três perguntas e inicia perguntando qual o papel da UPA no sistema? Será secundário ou pré – Hospitalar? Lembrando a fala do Nereu, diz ser um grande passo para o que sempre se sonhou, ou seja, uma rede regionalizada, pelo menos na nossa área na contra mão do que foi feito nos últimos anos quando a CAP perdeu todo seu poder de articulação em relação à questão central. Moysés pergunta à mesa; Entendendo a saúde além da ausência de doença, o que temos e o que devemos saber para tecer as redes inter-setoriais e territoriais no sentido de criarmos condições para melhorar o atendimento em geral? A proposta em relação a outro ponto frágil que é a questão da tuberculose nas nossas emergências é fazer um fórum organizado pelo conselho distrital, onde nós do HGB faremos os contatos quantos forem necessários. Temos contatos no Ary Parreira, Em Curicica, quanto na DGH para discutir a entrada de tuberculose nas emergências dos Hospitais. Não temos para onde mandar e não podemos é fechar as portas para esses tuberculosos. Com a palavra a conselheira Maria Rita Frade da Silva que faz um relato de ter caído na rua e se dirigido à UPA da Ilha onde ficou quatro horas aguardando atendimento, onde tinham pessoas há doze horas aguardando atendimento. Saiu do local sem solução, tendo sido atendida no Hospital Municipal Paulino Werneck. Dirigiu-se à mesa na pessoa da Presidente Maria de Fátima Gustavo Lopes e do Coordenador Hugo Marques Fagundes Junior pedindo mais humanização no atendimento ao usuário, devido ao descaso observado pela mesma. Em seguida o Conselheiro Sergio Clemente da Silva que comenta que infelizmente a saúde não está legal. Declara ter ficado assustado com as declarações do representante do Hospital Geral de Bonsucesso e diz que pretende saber do secretário estadual de saúde o que pretende fazer para ajudar ao Hospital Getúlio Vargas, devido à superlotação dos dois hospitais citados. Concluindo diz que temos que nos unir para fazer um SUS de qualidade. Em seguida, David Salvador de Lima Filho, em acordo com a presidente da mesa Maria de Fátima Gustavo Lopes informa que cada resposta deverá ser dada em três minutos. Iniciando com a Doutora Olga em resposta à pergunta do Leonardo. Olga diz que devido ao fato do Hospital Municipal Paulino Werneck ser de pequeno porte, sempre teve o hábito de devolver os pacientes para a unidade básica e agora para as clínicas de família e acha importantíssima esta parceria. Márcia do IPEC em resposta à fala de Sergio Clemente diz que a instituição que representa, busca através da referência e contra-referência acolher e encaminhar os pacientes, se desdobrando, embora às vezes não se tem resposta. Fátima do Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto reforça a sua fala sobre o ambulatório de pediatria que sofre uma mudança no seu perfil devido a expansão ocorrida na Ilha do Governador e se propõe a estar em discussão com o coordenador Hugo sobre o novo perfil. Carlos Maury Cantalice do H.U.C.F.F. diz que conforme fala do Hugo, já se vem fazendo uma nova reestruturação conceitual do próprio SUS, com os hospitais participando da prevenção e promoção da saúde, porém os Hospitais Universitários Federais estão hoje aguardando um novo modelo de gestão a ser construído. Citou como exemplo o que é realidade hoje no HUCFF que precisaria ter 30 leitos de CTI e tem apenas 12 leitos. Problema de pessoal que tinha 6.000 pessoas e hoje tem menos de 3.200 pessoas. Embora já tenha algumas coisas pactuadas, tem dificuldades de colocar em prática o que se pactuou recentemente. Carlos Maury diz que por ser um Hospital Universitário onde tem alunos acompanhando os profissionais, o atendimento se torna mais lento, bem como a investigação mais aprofundada, quando a patologia que leva o paciente ao atendimento, às vezes deixa de ser a principal, por estar associada a outras. Carlos Maury diz que precisa de protocolos mais ajustados, mas que hoje já se avançou um pouco mais. Em seguida o Diretor do HGV - Carlos Henrique diz que grande parte dos usuários do hospital vem de outras regiões à busca de atendimento principalmente de pediatria devido à falta de pediatras nas unidades do entorno. Com a UPA Penha também sempre lotada acaba ocorrendo a procura do Hospital Getúlio Vargas. Comenta a importância da informação citando a participação ativa do serviço social no contato com as outras unidades de saúde da AP-3.1. Entretanto, se observa que o hospital atende a um grande número de pessoas de outras áreas, com as quais não se tem contato, sugerindo uma agenda de trabalho com o coordenador afim de que os representantes de unidades se desloquem para conhecer os serviços da área no prazo imediato (tipo amanhã pela manhã). Declara estar sete meses na direção do hospital e não tem um histórico de engajamento do sistema, porém aprendeu rapidamente a lição de que o caminho é através da discussão. Em seguida é passada a palavra ao Dr. Flávio Adolpho Silveira – Diretor do Hospital Federal de Bonsucesso que iniciando sua fala diz que as onze perguntas mereciam onze seminários. Todas extremamente pontuais. A primeira delas sobre o paciente que quer ter alta hospitalar e não consegue. Diz ser um direito do cidadão e de certa forma, precisamos acolhê-lo. Flávio declara que durante todo o seu tempo de medicina, a cena que mais o agrediu foi ver um paciente deitado embaixo de uma escada dentro do HFB. Diz que sobre a questão de conhecer as outras unidades, já vem acontecendo através do contato com o coordenador e que todos os gestores tem a obrigação de conhecer os recursos da área de abrangência. Flávio diz que embora atenda muitos pacientes vindos de longe, 80% dos pacientes atendidos no HFB são moradores da região do entorno, porém 70% dos pacientes que internam são da grande região metropolitana do Rio. Atende no ambulatório e na emergência em torno de 70% dos casos de média complexidade que se internam através do ambulatório e os que não conseguem via emergência. Flávio declara que avançamos muito e que não se recorda de um seminário nos moldes deste onde se coloca o problema a fim de buscar resolutividade. È a primeira vez neste nível, com gestores colocando as suas dificuldades no atendimento. Declara que é desumano e que temos que ter a porta de entrada e de saída acertadas. Tem a certeza que conseguiremos construir uma grande rede no entorno e que as duas unidades hospitalares HFB e HGV tem condições de vir a atender as grandes complexidades do grande entorno. Em seguida é passada a palavra ao Coordenador da área de Planejamento 3.1 – Dr. Hugo Marques Fagundes Junior que achou um sucesso a conversa e que concorda com o Dr. Flávio Adolpho e que vai aprofundar nesse processo. Com referência ao questionamento sobre os curativos da CF Zilda Arns, Hugo diz que a rede compra esses curativos e que a Policlínica Newton Alves Cardoso é referência na área, onde desenvolve um excelente trabalho. São também realizados esses tipos de curativos no CMS Maria Cristina Roma Paugartten. Entretanto tem que se ver o que está faltando e o que precisa fazer para ter. Hugo diz que equipe multi-profissional se cria de acordo com a necessidade e depois se dissolve. É preciso se buscar recursos através de um parente ou visinho que se disponha a ser treinado, orientado pelo profissional da própria unidade de saúde e aí se necessário, todos nós podemos ajudar. Hugo diz que o curativo para escaras colocado anteriormente pela conselheira Maria do IPEC é um curativo caro, porém tem que ter treinamento, metodologia e controle para que dê certo. Hugo diz que a Policlínica Newton Alves Cardoso tem uma equipe treinada que controla e monitora de forma eficaz e que poderia estar treinando mais pessoas, porém com compromisso e responsabilidade. Hugo diz que esteve em uma determinada unidade de saúde onde a sala de vacinas estava fechada devido ao profissional ter ido almoçar e entretanto tinha uma fila de pais / responsáveis com crianças de colo aguardando. O mesmo se dirigiu à direção da Unidade onde foi informado que era hora de almoço. E aí o mesmo questiona porque almoçar todos ao mesmo tempo? Hugo diz que a população tem que coibir o mau atendimento para que ele se reverta para um atendimento adequado de respeito ao cidadão. Isso é controle social. Pagamos mais de 20% de impostos para que o serviço público funcione muito bem. Queremos sim qualidade de vida. Devemos exigir uma boa educação, uma boa saúde, um bom transporte. Devemos exigir que sejamos tratados com respeito e com educação. Diz que irá se sentar para pactuar com o Diretor do Hospital Getúlio Vargas em breve como já vem sendo feito com o HGB. Hugo diz que já apresentou ao HGB planilha com detalhes de cada espaço da AP-3.1, quem é o profissional responsável pelo atendimento. A segunda coisa importante é a carteira de serviços (o que queremos que todas as unidades façam) e o carteirômetro (realidade da unidade) que deve ser atualizado todo mês e informar ao cidadão quais os serviços que aquela unidade de saúde disponibiliza. Hugo diz que na CAP-3.1 tem um grupo de GEO - Processamento coordenado pela Enfermeira Márcia Reis e que em breve estará disponibilizando através da Internet os dados a fim de garantir ao cidadão os serviços com a responsabilidade de cada equipe. Em resposta a Janine da UNISUAM, Hugo diz que a residência citada foi a residência médica de saúde da família diretamente na comunidade através da Secretaria Municipal de Saúde. A residência multi-profissional em saúde da família existe através da ENSP. Estamos em processo de construção e em breve vai acabar acontecendo. Agradeceu e retornou a palavra à presidente da mesa Maria de Fátima Gustavo Lopes que registrou a presença de Dr. Baltazar, Dr. Júlio Noronha e Dra. Lívia do HGB e Helena Manhães – Conselheira Distrital da AP-3.2. Fátima Fez a entrega dos certificados aos palestrantes membros da mesa, agradeceu a presença de todos e os convidou para o almoço com retorno imediato para dar seguimento ao seminário. Jorge Rodrigues Moreira -Relator- Reiniciando os trabalhos do I Seminário de Pactuação de Redes na Área da AP 3.1 nesta tarde de 16 de maio de 2012, o mestre de cerimônia David Salvador de Lima Filho diz que está muito satisfeito com o seminário e que pela primeira vez estamos tentando algo realmente concreto onde vemos as coisas aparecer. Diz que há uma luz no final do túnel e que talvez não seja da melhor forma para todos, onde alguns podem discordar, mais está se buscando realmente entender e compreender a estrutura, ver as mudanças nos hospitais, sendo capaz de achar um culpado hoje em dia. Antes não se conseguia, igual aquela história famosa do mosquito que antes ninguém sabia se o mosquito era municipal, estadual ou federal. Hoje a gente sabe pelo menos isso: Onde buscar e como tentar resolver. Agora à tarde, a proposta do seminário seria formar a mesa com o Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil, Secretário Estadual de Saúde, o Diretor de Gestão Participativa do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro e os Subsecretários. Infelizmente, sabemos que a agenda deles é muito cheia e corremos esses riscos de alguma coisa dar errada. O Secretário Municipal de Saúde havia enviado e-mail informando de que não poderia estar presente devido a um compromisso nessa data e horário, lamentando muito e que estaria sendo representado pelos Subsecretários Daniel Soranz e. João Luiz. Infelizmente os Subsecretários Daniel Soranz e João Luiz estão com a agenda cheia. Um deles cuidado dos hospitais no Município do Rio de Janeiro e o outro cuidando de toda a Rede Básica. Daniel por exemplo, está numa reunião na Rio-Urbe. O representante do Ministério da Saúde (Dr. João Marcelo) também não pode vir, porém mandou uma representante (Dra Claudia Le Cocq) já conhecida na nossa na área, pois já trabalhou muito com a gente. Nós ficamos sem essa participação direta do Secretário e Subsecretários do Município. Qual é a idéia da organização? Trazer à mesa Dr Hugo que representa a autoridade máxima da Secretaria na atenção básica na área para estar discutindo junto com o Ministério, a fim de tentar alinhavar e unir forças com o Ministério da Saúde no sentido de realizar tudo aquilo que se falou na parte da manhã. David inicia a composição da mesa com a presidente do Conselho Distrital de Saúde da AP-3.1 - Maria de Fátima Gustavo Lopes, O Coordenador da CAP-3.1 - Hugo Marques Fagundes Junior, Nereu Lopes - Conselho Estadual de Saúde e Cláudia Le Cocq - Ministério da Saúde. A presidente convida ainda Carlos Henrique - Diretor do Hospital Estadual Getúlio Vargas para compor a mesa. Retomando a fala, David diz que quer pactuar com os presentes, vinte minutos de fala para cada convidado, passando a coordenação dos trabalhos para a presidente Maria de Fátima.Gustavo Lopes que inicia sua fala desejando boa tarde a todos e esperando que todos tenham gostado do almoço, agradecendo o patrocínio do Conselho Municipal de Saúde através do Secretário Executivo David Salvador e participação da CAP 3.1 através do Coordenador Hugo Fagundes. Informa que à tarde haverá um kit lanchinho, passando em seguida a palavra para o Conselheiro Nereu Lopes - representante do Conselho Estadual de Saúde e Articulador do Conselho Nacional de Saúde, que deseja boa tarde a todos explicando que solicitou sua ida à mesa para informar à plenária que foi entregue convite deste evento na Secretária Estadual de Saúde (protocolado) e não houve confirmação de quem iria comparecer, esperava-se a presença do Secretário ou representante, porém ninguém chegou até o momento, ouviu dos companheiros sobre a questão das UPAs as quais são estaduais, embora não compete ao mesmo responder pelo governo, entretanto, enquanto conselheiro pode ouvir as denuncias de todos e até fazendo uma critica construtiva pelo não comparecimento do Secretário Estadual de Saúde Sérgio Cortez e/ou de um representante sendo ele convidado pela importância desse fórum. Portanto, a plenária fazendo suas críticas, o evento está sendo filmado e o próprio se compromete a encaminhar para o Conselho Estadual, para que seja aprovado pela executiva e pelo próprio presidente do conselho que é o Secretário de Saúde que devido a sua ausência neste seminário, tomará ciência lá no Conselho Estadual. Concluindo, Nereu diz que assume o compromisso de que as queixas apresentadas contra as UPAs, serão entregues na mão do Secretário Estadual de Saúde Dr. Sérgio Cortez para que tome as devidas providências. Agradece e encerra sua fala. A presidente agradece ao conselheiro, passando a palavra para Dra Cláudia Le Cocq que inicia agradecendo ao Conselho Distrital da AP 3.1 na figura da Maria de Fátima, e aproveita para parabenizar pela data dia 17/05 comemoração dos seus 37(trinta e sete) anos de matrimonio e que realmente tem que ser muito comemorado. Fátima e Nereu um casal da área que representam a luta do Controle Social, a luta dos usuários e profissionais nesta área, sendo uma felicidade estar no local novamente e, uma felicidade para uma área inteira a Fátima na frente de um conselho e Nereu na frente do Conselho Estadual. Cláudia Le Cocq diz que hoje está representando o Dr João Marcelo Ramalho Alves que é o Diretor do Departamento dos Hospitais Federais, e que a contribuição para este encontro foi um encontro com uma boa participação na parte da manhã. Diz que o Departamento de Gestão Hospitalar está atuando e participando ativamente das reuniões junto com o município para a criação do POA – Plano Operativo Anual inclusive em junho agora. Na realidade, eu vendo aqui presente o Dr. Flávio Diretor do Hospital de Bonsucesso que representa aqui o hospital federal da área da AP 3.1, os seis hospitais federais mensalmente tem cerca de 75.000 consultas. Esse plano operativo está sendo muito aguardado, estamos procurando fortalecer a regulação, o departamento tem participado, lido e ajudado a fomentar essa discussão. Queremos fortalecer cada dia mais a regulação. Queremos que isso ocorra e por isso estamos aqui com a representação de nossa instituição da área e nos colocando à disposição, para todos os gestores, profissionais e usuários que aqui estão presentes conhecendo e trocando, fazendo com que o SUS aqui aconteça realmente. Agradece e despede-se. Em seguida a presidente passa palavra para o Diretor do Hospital Estadual Getúlio Vargas Carlos Henrique que informa que não teria nada mais específico a não ser retocar na mesma tecla do piano que o conhecimento do representante do HEGV na área programática 3.1. Quanto à Atenção Primária, que seja elevada ao nível de qualidade boa e também que a área conheça os serviços do hospital e que cada vez mais a intenção da direção é fazer, trabalhar no hospital com estatística, com números. Os números é que nos fazem caminhar. Qual a melhor opção, não sei? Então vamos fazer um trabalho de campo e levantamento. Na semana passada, através desses números, levantamos e concluímos que grande parte dos atendimentos são de usuários residentes na Baixada Fluminense e, uma das atitudes tomadas pela Chefe da Emergência foi colocar o Serviço Social fazendo e interrogando com toda a tranqüilidade, pessoas que ali estavam para saber de onde vinham e por que ali estavam? Não foi surpresa devido às informações de que vinham de todos os lugares. Precisamos articular essa vinda dos pacientes, mencionando à Secretaria de Saúde local, citando como exemplo o Hospital Pereira Nunes e o Hospital da Posse, possibilitando ao HEGV a questão do delineamento de causa/efeito. Também existe o costume de muitos pacientes procurarem o HGV porque nele se resolve. Carlos Henrique acha que não tem que ser assim. Diz que o hospital tem que ser resolutivo e eficiente. Diz que ele está localizado na área da CAP 3.1 com um percentual elevado de pacientes que não são da área da 3.1, chegando a mais de 20%, e busca a interação com as bases da rede primária que aqui estão presentes e desenvolvidas pela atual gestão para otimizar a porta de saída, ou seja, a etapa pós-hospitalar. Caso não ocorra, aquele cidadão posteriormente voltará e da próxima vez poderá vir a óbito ou estado de coma de 30, 60, 90 ou 100 dias na terapia intensiva, que além de ser cara tem que justificar às autoridades judiciais o tempo de permanência muito prolongado, tendo que explicar e justificar que o paciente x, com patologia y, está naquela terapia intensiva por aquele longo tempo. Carlos Henrique diz que acha que aquilo que se colocou “vamos fazer de forma simples, singela porque sendo o processo muito simples e bilateral, se possa beneficiar os pacientes do Getúlio Vargas e as unidades da melhor forma”. A medida pelo qual conheço o fulano de tal, do posto tal, isso facilita muito as coisas. Se não tiver condições para o Getúlio Vargas resolver internamente o problema, busca-se o caminho que possa para a solução do problema. Quanto mais rede tivermos, contatos para conhecer os espaços físicos, área, trocar telefones, montar um Yahoo grupos ou qualquer coisa na questão de redes sociais, sugerido um CAP 3.1, dessa maneira para otimizar a área da saúde. O que o HGV tem a dar hoje? A porta da emergência. A missão é promover um serviço de emergência de qualidade, pelo profissional que seja mais profissional e por parte do paciente que seja mais um paciente. Os problemas ocorrem e por muitas das vezes as injustiças também. Por sorte, eu acho que o caminho é esse. Vejo nesse momento muitos pacientes retornar, como por exemplo, enfisema pulmonar e/ou bronquite crônica e ele precisa ser bem cuidado no ambulatório levando o paciente a ter poucas crises durante do ano, reduzindo o número de internações. Tudo aquilo que a gente já sabe, mais quando ele sai de uma internação, juntamente com encaminhamento garantido, por que senão, ele vai voltar e volta. E basicamente ratificando o que já havia comentado pela manhã. Como é que funciona? No Getúlio é o PAD, até 50% ao mês, sendo que o veículo está quebrado. Existe esse sistema de PAD na Atenção Primária aqui na área atuando? Produzindo resultados, aquela coisa que chama atenção, não importa mais com uma possibilidade de tratar a pessoa, logo que ela sai do hospital e diminuir o retorno dela dando qualidade na casa dela, como os acamados que faço uma exigência às equipes quanto aos cuidadores. Que a equipe capacite e oriente os cuidadores. Com as pessoas treinadas, o resultado que me passou é bom e interessante que na clínica médica do hospital e a enfermaria tem que ter uma rotação de leitos e que os pacientes tem que ficar pouco tempo e, porque outros pacientes tem que se internar. Quanto aos pacientes acamados, muitas das vezes, a família não tem condições de cuidar por que todos trabalham e com quem vai ficar o vovô, a vovó, o papai que precocemente fica por questões neurológicas no leito? O PAD pode funcionar para ajudar, porque muitas vezes o paciente fica no hospital por muitos anos e, isso é perder um leito. Tem um PAD no Hospital de Bonsucesso? O Paulino Werneck fez uma promessa pra breve lá ter um PAD. Enfim, uma ratificação do que falei pela manhã. Agradece e se despede. A Presidente de mesa Maria de Fátima Gustavo Lopes retoma a palavra, agradece ao palestrante e informa que o Coordenador Hugo Fagundes vai discriminar isso e terá dois tempos de 20 minutos. Hugo diz que dessa vez vai ter mais consenso e que o importante é compreender a configuração do município nesse momento. Que a Saúde da Família é uma opção de estratégia de discernir duas áreas e redesenhar no campo da assistência e que ultimamente a Subsecretaria de Assistência de Saúde se transformou em Subsecretaria de Atenção Hospitalar e Subsecretaria de Atenção Primária junto com a Vigilância em Saúde e Promoção em Saúde. A CAP é a responsável no âmbito do seu território na Prevenção, Vigilância e Promoção em Saúde. Daí um pouco desse movimento e as Academias Cariocas. Hugo diz que falou muito pouco da Vigilância, por estarmos num momento delicado por causa da Dengue e chegarmos a um pico de ter de 350 a 360 atendimentos por dia. E diz que só de Pólos de Dengue temos a CF Felippe Cardoso que funciona de 2ª a 2ª 12 horas entre 8 às 20 horas, 24 horas no Hospital Paulino Werneck na Ilha do Governador e outro 24 horas na UPA de Manguinhos, dando suporte obviamente luxuosíssimo nesse atendimento. Nesse período conseguimos atravessar um momento onde tivemos números consideráveis de casos no Rio de Janeiro, com capacidade de enfrentar o agravamento e situações graves, ou evitar ao agravo de casos e, nós até aqui tivemos identificamos 12 óbitos. Se formos comparar na virada de 2007/2008, de fato hoje a rede de saúde de uma maneira geral está mais acertada, mais articulada, não temos dificuldades. O grau de queixa entre as unidades de saúde para os encaminhamentos de pacientes é pequeno. Claro, é difícil. Temos fila de espera, dificuldades. Certamente vai ter alguém que levante a mão e vai citar três, quatro ou cinco casos de dificuldades, mais não é mais como num momento atrás, e as provas hoje são os resultados. Você analisa o volume de casos expressivos e tem na verdade um percentual de agravamentos e perdas evitáveis que no caso da dengue eram bem maiores. Hoje é bem menor que na experiência anterior. É claro que a rede vai se construir nesse esforço e esses momentos que são de dificuldades e que de alguma maneira desestrutura um pouco do planejamento. Passamos um ciclo capenga de Novembro a Maio em que 90% dos nossos esforços foram dirigidos em torno de um programa que foi a atenção das pessoas acometidas de dengue naquele momento. Alguns recursos se iniciaram ou se ensaiou como o Núcleo de Tratamento de Obesidade na Clinica da Família Felippe Cardoso. De certa forma tivemos que arrefecer nossos esforços em função da dengue e de fato quase que todo o andar térreo da Clínica Felippe Cardoso foi tomado pelo volume de atendimento para dengue e hoje já começa a trabalhar com outro cenário. Hoje na Clínica Felippe Cardoso está abrigada a equipe de PADI mais antiga do município que é vinculado ao H.M. Paulino Werneck, que na verdade é um grupo de abnegados profissionais que há anos vem levantando a bandeira do atendimento domiciliar e desenvolvendo suas atividades voltadas para pessoas acima de 60 anos de idade. Na verdade foi uma surpresa quando Carlos Henrique cita que o Getúlio Vargas tem o PADI que eu não sabia. Acho tem um detalhe. Nesse bate bola, podemos resolver alguns gargalos. Também não temos a menor dúvida na questão do atendimento domiciliar que precisa perpassar pelo engajamento das equipes de atenção primária, citando por exemplo: Manguinhos 100% coberto; Complexo do Alemão 90% coberto; Complexo da Penha 100% coberto. Certamente as equipes, os profissionais, enfermeiros, médicos, agentes comunitários de saúde e os técnicos de enfermagem podem funcionar como potentes parceiros para o estabelecimento de um projeto terapêutico, que aponte o retorno ao lar dessas pessoas que acometidas de um agravamento de doença crônica nos leitos hospitalares. Na perspectiva de fazer rodar melhor os leitos hospitalares e fazer o SUS funcionar melhor, não tenho a menor dúvida. Isso é também uma tarefa da atenção primária que é possível e essencial que a gente possa compreender e sustentar que o sistema só vai mudar se for estruturado numa lógica. Com a lógica de que é o mesmo profissional quem vai acompanhar aquele paciente. Se mantivermos a perspectiva de que cada hora um atende. Não se tem um entendimento direito do caso, ou seja, um mau atendimento com o dilema do “deixa que eu Chuto”. Certamente a qualidade vai embora. Para que isso seja possível é necessário apostar no modelo novo de saúde da família, e apostar na base territorial no atendimento. E esse é o ponto central. Isso é óbvio que exceções existem, Por exemplo: a área da unidade termina em determinada rua e no quarteirão seguinte se tem uma senhora de 95 anos de idade. Acaba-se absorvendo uma ou outra situação em função da vulnerabilidade da situação, porém isso é a exceção. A gente não pode é transformar exceção num jeitinho e, em tudo quanto é fórum e espaço que eu vou, canso de ser questionado porque ali não tem, lá não tem. Aqui mesmo recebi um bilhetinho, não falei no primeiro tempo, questionando por que o Quitungo não tem? Porque outro lugar não tem. Porque Cordovil não tem. Por que um pedaço de Brás de Pina não tem. Bonsucesso não tem.. Não tem porque não saiu ainda. A perspectiva, o trabalho é caminhar para 100%. Onde as condições históricas de oportunidades surgiram, a gente conseguiu avançar. Onde não choveu, a terra ficou seca. Está chovendo muito no nordeste, com áreas de alagamentos. Entretanto, o interior da Bahia está seco. Isso é um pouco da vida. Não são todos os frutos da mangueira que ficam maduros ao mesmo tempo. Hugo em sua fala diz que é legítimo lutar para que no meu bairro/quarteirão tenha, porém é ilegítimo lutar quando pelo fato de não ter, subverter o modelo do outro. Quanto à pergunta: E os outros ficam sem cobertura? Hugo responde que não. Diz que mantém as unidades tradicionais com cobertura. Diz que está fazendo esta transformação, sem tirar nenhum profissional contra a vontade da unidade. Enfim, não é porque um médico não é generalista que tem que sair.Todos os médicos especialistas são bem vindos (pediatras, ginecologistas, clínicos, dermatologistas, etc..). O que precisamos é ordenar como fazer com que o endocrinologista, possa se ocupar mais com diabetes infanto juvenil e outras patologias, que necessitam da sua intervenção e na verdade, aqueles casos que são casos de uma vida inteira, possam ser feitos por uma equipe de saúde da família que conheça esse paciente a vida inteira. Entretanto, tem que se tomar cuidado porque, se não programar as ações, sabe o que acontece? Todo mês se atende aos mesmos. Existe um protocolo: Um paciente com hipertensão leve, dependendo do seu quadro, só vai ser visto pelo médico de 03 em 03 meses. Ele tem que ter a garantia do acompanhamento. Tem que ser inserido num programa de atividade física. O enfermeiro tem que conhecer muito bem o caso e tem que monitorar. O médico vai vê-lo de 03 em 03 meses, conforme o protocolo Nacional. Se deixar, o médico estará vendo o mesmo paciente todo mês, e aí vários outros que necessitam de acompanhamentos não conseguem acesso. Nós precisamos ordenar isto. O que implica em mudar na verdade corações e mentes, envolvendo a equipe inteira. Envolve até as nossas vidas, devido ao fato de que a gente acaba por ter uma relação de afinidade, de compadrio. A atenção primária mesmo bem ordenada, mesmo bem em cima de um processo de reengenharia voltada para uma outra lógica, trás novos dilemas e novas questões em primeiro plano de análise, em como pensar esta agenda direito, em como um pré-natal seja feito a contento, para que ele sustente a lógica e um conjunto de procedimentos necessários para uma boa vigilância desta gravidez. Como todos os exames possam atender a todas as gestantes de todo o território e não 120% para algumas e 60% para outras. Na verdade isto é também um problema pra gente. E aí é importante pensar em rede, como estamos agora falando juntos com o Carlos Henrique, com o Flávio Adolpho, com a Olga. Enfim, nossos parceiros na atenção hospitalar trazem questões de extrema importância para o Sistema Único de saúde, que são questões ordenadoras para atenção primária, na verdade como porta de entrada é a grande ordenadora do sistema. Só que para que ela se fortaleça, precisa ser ordenada um pouco pelo processo de desconcentração da atenção hospitalar. Porque criamos isto, e isto é histórico, e eu me recordo de uma história que Dr. Felipe Cardoso me contou um dia que se não é vero, é benetrovato, quando conta que na verdade, a primeira experiência da atenção hospitalar que saiu no jornal do Brasil na virada do século XIX para o século XX, foi a notícia de que um sujeito foi atropelado numa rua do centro da cidade e acolhido por uma viatura especializada (ambulância) que o levou para um lugar onde eram atendidas pessoas que precisavam de atendimento especializado (pronto socorro). Quem na verdade conduziu este processo foi Francisco de Souza Aguiar, que na época era o diretor de estrutura Sanitária do RJ e do Distrito federal e ele montou na verdade o que seria talvez, o primeiro pronto socorro. Esta é a história que não sei se é vero mais é muito bem contada. Que foi o primeiro factóide da história que se conhece, que na verdade era um ator que tinha importado um automóvel Espacar e estava lançando o primeiro pronto-socorro da cidade e plantou uma notícia no jornal da cidade pra falar disto. Pois bem, nós passamos anos informando à população, a idéia do pronto-socorro e pronto-atendimento e hoje estamos dizendo o contrário. “Olha, só existe racionalidade e os melhores sistemas de saúde do mundo funcionam bem, quando eles tem um acompanhamento contínuo das pessoas pela mesma equipe de saúde”. Principalmente porque a principal causa de adoecimento no mundo moderno são as doenças crônicas e na verdade, esta transição, que não é só uma transição epidemiológica, mais também demográfica, porque na medida em que a qualidade de vida melhora, a gente vive mais e também vai começar a ter problemas pela longevidade, que são na grande maioria problemas de doenças crônicas. Que a grande maioria delas, como Leonardo falou em torno de 90%, são absolutamente resolvíveis em um consultório simples, bem montado, estruturado e com boa qualidade técnica para evitar o agravamento de profusões de casos que procuram a área hospitalar. Fazer a transição deste novo modelo não é uma coisa simples, até porque quando a gente senta para conversar com a equipe do Hospital de Bonsucesso, a gente começa a pensar na situação. Vamos pensar por exemplo na cardiologia. Vários casos, segundo o especialista é passível de ser acompanhado na Unidade Básica, porém estou falando do médico generalista, sem experiência e se este caso tem algum grau de complicação ou se estou pensando na verdade que bastaria um cardiologista num consultório para atender. Eu lembro a do quadro que mostrei pra vocês da atenção secundária extremamente frágil. A gente precisa fazer essa transição do modelo, com extremo cuidado, num processo, tentando trabalhar a desconcentração dos casos mais simples. Entendemos que ainda existe uma margem muito grande de casos que procuram a atenção hospitalar. Nossas policlínicas infelizmente não tiveram investimentos nesse período. Isto é um fato. Obviamente é necessário fazer mais a expansão e o processo da atenção secundária é um desafio a ser enfrentado e segue precisando fazer mais. Hoje pra gente construir rede, precisamos levar isto em consideração. Não adianta querer tensionar e fazer enfrentamento, no que na verdade deve ser um espaço de laços e construção de estratégia de contato direto e de fortalecimento das equipes.Vou contar só uma breve historia pra mais ou menos situar o que estou dizendo. Todos sabem que sou Psiquiatra, passei muitos anos na atenção psiquiátrica do RJ e foi muito difícil ganhar corações e mentes para o processo de transformação da atenção psiquiátrica. Neste momento estou impactado por uma experiência que tive ha dois dias. Ontem foi a cerimônia de 10 anos da lei 3.400 que é uma lei que dá à pessoa que ficou mais de 03 anos internados um hospital psiquiátrico da data daquela lei pra trás, o direito de receber 01 salário mínimo pro resto da vida, se for morar no serviço residencial terapêutico e se voltar para o convívio familiar, será contemplado com 02 salários mínimos. É uma lei Municipal e é o único município no Brasil que tem esta lei. No Recife, iniciou mais não vingou. No RJ temos mais de 200 pessoas assistidas. Foi uma luta conseguir alcançar isso, e é uma lei que garante de verdade um princípio fundamental na construção de uma sociedade justa, que é a idéia da equidade. É você poder oferecer ajuda aqueles mais necessitados, num determinado momento em que enfrentávamos a situação da crueza dos hospitais psiquiátricos. Eu que me formei nos anos 80, passei por vários deles, e vivi situações absolutamente aviltantes, pagas com dinheiro público, sustentada com dinheiro público. Situação absolutamente insustentável. Era necessário enfrentar as reações da sociedade que era tremenda. Existia uma associação de doentes mentais que era contra a reforma psiquiátrica porque entendiam que os doentes mentais seriam colocados à mingua e não acreditavam na possibilidade do tratamento em liberdade. Essa lei garantiu a possibilidade de uma certa indenização, se é que é possível indenizar alguém por ter passado 20/30anos, ter perdido seus amigos, seus dentes e sua juventude. Ter perdido a alegria de viver num espaço colocado pelo poder público. Essa lei é uma lei muito avançada no cenário da reforma psiquiátrica, e eu fiz um parêntese da lei que estou impactado com ela e precisava falar um pouco disso. No cenário da reforma psiquiátrica era muito difícil naquela época discutir dentro da Secretaria Municipal de Saúde a questão do louco internado. Os três únicos hospitais psiquiátricos são federais e estão localizados na cidade do Rio de Janeiro pelo Ministério da Saúde.Os demais antigamente contratados pelo INAMPS, na verdade estruturas privadas contratadas, eram vinculadas ao Ministério da Saúde e tinham uma anuência e acompanhamento pela Secretaria de Estado no tempo do SUDS. O Rio de Janeiro não era gestão, nem se quer gestão em CTI. Enfim estava entrando nesse cenário. Tínhamos uma enorme oposição dentro da Prefeitura que era a força de pessoas importantes na administração municipal que tinham ligações familiares com donos de clínicas privadas. Era realmente um cenário extremamente difícil e, para que a gente pudesse construir algum caminho, como não tínhamos espaço, fomos estudar a clientela internada. Fizemos um censo instrumento com orientação do Professor Benedito Saratiero que era o coordenador de saúde mental do OMS, quem nos deu todo apoio bem como o professor João Ferreira e vários atores importantes. Juntamos a meninada especializando os residentes, treinando todo mundo. Montamos um instrumento e fizemos um estudo foram 3.236 pessoas internas num dia e, montamos aquilo tudo. Fizemos um estudo que ganhou prêmio pela Vigilância Internacional de Epidemiologia que não dava certo e não acontecia nada. Era um estudo acadêmico muito bom. Na época fizemos a revista “Saúde em Foco”, a qual era distribuída por o todo mundo. Estou montando essa historia para se conseguir avançar. Às vezes, avançamos em detalhes alcançando coração e mentes. Aconteceu uma situação inusitada, quando a sogra de uma pessoa conhecida do saudoso Dr Felippe Cardoso e que cuidava do orçamento da Secretaria de Saúde teve um infarto agudo do miocárdio. Doutor Felippe passou a noite no Hospital Pró-Cardíaco acompanhando-a e não tinha nada para fazer, tendo apenas a revistinha da Saúde em Foco para ler. Então ele passou a noite lendo. Dois dias depois, ele procurou o Dr. Gazola e falou “esses meninos são muitos bons e eles tem razão, eu fiz um estudozinho e comentei com Valmir Pessanha e olha só quanto se está gastando” e foi assim que nasceu o primeiro CAPS. A área que tinha mais doentes internados em princípio era a AP 3.3. Não é porque tem mais louco em Madureira, mas sim porque tinha mais gente por AP.. Hugo diz que o primeiro CAPS surgiu no bairro de Irajá e que muitos bairros ainda não tem, porém precisa-se ainda alcançar. Diz ainda que muitas coisas ainda somos insuficientes. Hugo acha importantíssimo o controle social quando diz que cabe a ele cobrar, fiscalizar e fazer o processo mudar. Hugo acha que o caminho a percorrer é criar um modelo de SUS e sustentar, brigando para que de fato aconteça. Agradece e encerra, iniciando-se assim as inscrições para as perguntas. O primeiro inscrito ACS Leonel Vieira Rocha parabeniza o evento e elogia a mesa pelos resultados positivos. Achou importante a proposta de se conhecer todas as unidades da área, quando diz que já conhece todas, frisando mais o CAPS Alemão que não diferente das outras unidades, tem problemas e soluções. Sugere à Comissão que inicie a visita às unidades pelo CAPS Alemão. Em seguida, a fala do Conselheiro Severino Lino de Oliveira que elogia o seminário e espera que dê resolutividade, quando se vê os hospitais lotados e os pacientes percorrendo várias unidades e em alguns casos chegando ao óbito. Diz estar fazendo uma crítica construtiva, onde se deve divulgar o que está dando certo e questionar o que não está dando, com o objetivo de melhorar. Diz que radicalizar é um erro e que temos que focar as deficiências para funcionar. Diz que só se vê críticas em relação as UPAs as quais tem que ter um representante para que participe para fazer funcionar. Em seguida, fala Patrícia - Diretora do CAPS João Ferreira (Alemão) que diz ser um CAPS 24 horas e ter sentido falta hoje pela manhã do debate em saúde mental. E ainda, que nenhum paciente chega às Unidades de Saúde com uma queixa isolada, estando sempre a mesma associada à uma outra queixa. Sugere de se pense em saúde num todo, incluindo a saúde mental. Diz que o CAPS está bem próximo das 36 equipes de saúde da área e observa-se que a demanda é enorme e muitas delas tem patologias associadas a transtornos mentais leves. Diz que ainda não consegue cuidar de todos e também tem muita dificuldade com a questão da transferência do paciente psiquiátrico para os hospitais, pelo fato de ser paciente psiquiátrico. Cita como exemplo o caso de um paciente idoso com câncer que teve a sua transferência dificultada por ser paciente que apresentava um transtorno. Sugere a inclusão na discussão dos pacientes acometidos de transtorno mental. Em seguida, a fala da Maria do Socorro Ferraz Machado (Profissional de Saúde do IPEC) que diz que também trabalha com pacientes com transtorno mental e teve o prazer de acompanhar a primeira paciente que recebeu a bolsa de um salário mínimo e diz que a referida paciente ficou internada 50 anos na Clínica Juliano Moreira. Ainda em sua fala, traz à tona a questão da reportagem de 14 de abril “No olho do furacão”, quando o Ministro da Saúde juntamente com a secretária de assistência declara como vê a situação dos usuários de crack e determina um quantitativo de dinheiro para o Rio de Janeiro até 2014 de 4,5 milhões, sendo 1,23 milhões para Santo Amaro, 2,44 milhões para Jacarezinho, Manguinhos e Bangu. Deste montante, 1,3 milhões serão investidos nos próximos 6 meses. E pergunta como vamos acompanhar e se vai continuar com a mesma assistência de tratar as pessoas com dependência química como caso de polícia e gostaria de acompanhar a implementação dos consultórios para atender a essas pessoas com dependência química como questão de saúde pública e não como caso de polícia. Próxima fala do Luiz Cláudio (ACS) que pergunta como fazer com os pacientes que são referenciados através do SISREG e a vaga custa muito a acontecer e muitas das vezes o quadro do paciente vai se agravando. Se os hospitais da área não podem disponibilizar mais os seus recursos para os pacientes da área a fim de amenizar esta situação? Em seguida a fala do Edílson que pergunta qual é proposta do governo em relação aos pacientes que hoje se encontram internados nas instituições que o governo pretende fechar. Para onde irão e no caso da família se comprometer a cuidar, se um ou dois salários seria suficiente para que a família cuide do paciente, tendo em vista que o governo se gasta muita mais e não consegue fazer. Em seguida a fala do Leonardo (médico da Clínica de Família Felippe Cardoso) que diz que a população ainda não está bem informada que a Clínica de Família é a porta de entrada para o sistema de saúde e pede ajuda ao conselho para divulgar isso e também da importância do papel do Enfermeiro (devido a resistência da população que se sente insultado quando é atendido pelo enfermeiro e não pelo médico). Justifica que o médico sozinho não daria conta, precisando da atuação de toda a equipe desde o enfermeiro, até o técnico de enfermagem e o agente de saúde. Em seguida a fala da Luíza (UNISUAM), que diz ser usuária do SUS e que há algum tempo atrás precisou de um atendimento mais complexo para a filha e assim procurou a Clínica de Família onde foi inserida no cadastro e não teve retorno. Diz que a referida Clínica foi inaugurada no ano passado, nunca recebeu uma visita do agente comunitário a qual conheceu no primeiro contato com a clínica e que o referido agente não é moradora da área de abrangência da Clínica e desconhece as pessoas as quais teria que visitar e portanto, não aparece nem na rua. Pergunta por que não há mais agentes nas clínica tendo em vista que cada equipes atende em torno de 4.000 famílias, quando se deveria atender a 2.000 famílias? Acha absurdo quando cita que tem agentes que atendem até 1.000 famílias e é impossível conhecer a todos. Em seguida a fala de Gilberto Souto da Silva (FAFERJ) que narra a peregrinação de um usuário do SUS que chega na UPA, que é uma unidade de pronto atendimento, é encaminhado para a Clínica de Família, chegando lá, não passa pelo médico, pois a agente comunitária de saúde é quem faz a marcação. Finalmente quando ele consegue ser atendido, entra no sistema do SISREG e passa 5 ou 6 meses para arrumar vaga. Diz que está ha 6 meses aguardando a marcação de oftalmologista pelo SISREG e até agora nada. Conseguiu ser atendido agora através dos seus contatos. Fez elogios aos serviços do CMS Américo Veloso e aos profissionais que lá atuam. Porém às vezes pode acontecer de se encontrar entre estes bons profissionais, um mau profissional. Diz que o SISREG tem que ter mais vagas disponíveis e em local próximo. Em seguida a Presidente Maria de Fátima Gustavo Lopes diz que esse é o motivo de hoje estarmos realizando um seminário para pactuação local. Em seguida é passada a palavra ao Secretário Executivo do Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro - David Salvador de Lima Filho que diz: Sou morador da Ilha do Governador e sou paciente da UPA Ilha do Governador. Lá sou paciente comum. A UPA é gerenciada pelo Estado e as pessoas não me conhecem. Eu estou observando aqui que o pessoal só fala mal das UPAs e aqui não tem ninguém de UPA para se defender. Olha, eu estive com três casos graves lá. Eu uma vez, minha mulher outra, minha filha outra. Fiquei impressionado com o atendimento. Excelente!!! Eu devo dar sorte!!! Porque eu fui muito bem atendido, minha mulher e minha filha também. Minha esposa teve dengue. Lá parecia um campo de guerra porque à noite não tinha onde ser atendido. Então a UPA estava lotada com casos de dengue. Mais foi feito o exame de sangue dela para medir plaquetas. Não se tem o conforto que a unidade básica oferece com poltrona bacana, reclinável para tomar soro. É na cadeirinha dura mesmo que o pessoal toma o soro lá. Eu acho até que poderia ser melhorado. Eu acho que a gente não pode ser assim por que antes a gente não tinha nada. Então a gente não pode enzencrar uma unidade de saúde porque a gente acha que não está funcionando bem e a gente só falar mal. E continua David Salvador, dizendo: Eu acho muito necessário essa coisa do pronto atendimento, essa coisa da atenção básica, essa coisa do agente de saúde bater na minha casa me atender, eu ir lá para unidade de atenção básica. Eu sofrer uma coisa como eu sofri, um colapso, ir para a UPA, e se eles não tiverem condições de me atender eu sair de lá de ambulância para um outro local. Eu acho isso muito interessante. Uma organização muito interessante. Então a gente tem que tomar muito cuidado para não está intermediando o “isso eu não quero”. A gente quer melhorar, a gente quer acertar. Em relação ao SISREG. Antigamente não existia o SISREG. Existia o SISAMIGO, o SISCARTEIRA. Por exemplo: Você é meu amigo, eu ligo e peço atendimento e se passa na frente de todo mundo. O SISREG vem para democratizar o atendimento porque todos entram numa fila única. O SISREG tem uma porção de problemas. Está sendo implantado agora e tem um monte de problemas e um deles é a cultura: A questão cultural de quem não está acostumado com isso. O quê que acontece? Eu peço lá para ser atendido na clínica de atenção básica, ai eles fazem o SISREG para mim. O SISREG faz uma marcação para mim, num determinado lugar em uma determinada unidade de saúde. Chega o dia e eu não compareço, mais aquela minha vaga está lá e ficou presa. Por que eu marquei num monte de lugar. Onde saiu primeiro, eu fui. Aí eu larguei aquele pessoal todo na mão. Eu não prejudiquei a unidade não, eu prejudiquei o companheiro que está aqui esperando na fila e que não consegue chegar lá. Isso é uma questão cultural também que a gente tem que trabalhar e ai vem a função importante do Conselho de Saúde. E aí vem como eu ouvi aqui do Dr. Leonardo colocando que precisa de ajuda. Achei excelente precisar de ajuda sim e o Conselho de Saúde tem que largar mão dessa coisa de ficar dentro da instituição e ir lá para porta da unidade e ir para as comunidades e bater papo com o pessoal. Arrumar um meio de bater papo com o pessoal e explicar onde é que tem, o quê que tem e como funciona. O conselho precisa fazer isso. O conselho não é só para ficar fiscalizando. É para facilitar. Até porque, se o conselho ficar facilitando dentro das associações, dialogando com as associações, dialogando com as comunidades, se estiver fazendo isso, ele vai estar fiscalizando também e a hora que ele chegar para conversar com o povo, o povo vai falar: “Estive lá e o Dr. Leonardo não quis me atender.” Ele vai estar facilitando seu próprio trabalho e papel. Esse seminário aqui está excelente!! É o primeiro seminário que eu vejo que a gente vai sair com a sensação que não perdemos o dia. Passamos o dia aqui produzindo conhecimento e produzindo saída, e finaliza agradecendo. A presidente agradece e diz que imagina que após a fala do Secretário Executivo do Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, entende-se que o Conselho Municipal vai ceder um carro de domingo a domingo para ficar a disposição do Conselho Distrital, o que ocorre atualmente apenas um dia por semana. O conselheiro Nereu Lopes com a palavra diz que só tem carro disponível no conselho distrital um dia na semana para fiscalizar, sugerindo solicitar do Conselho Municipal as condições para que aconteça o que o David deu a dica e que o Conselho Distrital referindo para que a Presidente faça a sua parte de depois cobrar da Secretaria (SMSDC) que dê condições para que os conselheiros possam fazer a tarefa com maior prazer. O Coordenador de Área 3.1 Hugo Fagundes diz que o espaço e o seminário é bacana de fato. É o “Controle Social”. Chama a convidada Luiza e diz: “O que você faz e o que você fez, é de extrema importância, a gente só consegue fazer o processo avançar se a gente tocar na ferida. Se a gente levantar cada questão a cada situação”. E continua Hugo dizendo: Veja, eu não sei nem de qual unidade você está falando. Quando se identifica como Aloysio Augusto Novis que fica na Avenida Brás de Pina e pega um pedaço da Penha. Pergunta se a família foi pelo menos visitada. Diz que conhece a equipe médica, sendo uma equipe de jovens abnegados inclusive dos cinco médicos, quatro deles são jovens residentes. Além dos cinco médicos, a Clínica tem mais outros dois que são os preceptores, num total de sete médicos. E ainda: Cinco enfermeiros, cinco técnicos de enfermagem e trinta agentes comunitários de saúde e no entanto, vários moradores da área ainda não foram visitados, e nem cadastrados. E segue Hugo falando: Eu não vou discutir, diminuir o número de cadastrados por agente comunitário quando ele não faz o seu trabalho. Se a gente não consegue fazer o serviço funcionar direito, eu estou dizendo ainda que eu preciso colocar mais gente para continuar não funcionando direito. Primeiro deve funcionar direito para a gente avançar. O Ministério da Saúde recomenda que hoje a referencia do programa nacional é de 3.450 pessoas por equipe. Nós hoje estamos trabalhando no limite máximo de 4.000 pessoas porque estamos num processo de expansão. Ainda temos várias áreas sem cobertura e temos que lembrar que o Rio de Janeiro é uma das principais capitais do Brasil com percentual alto de pessoas que optam por utilizar um plano privado de saúde. O que não é desejável. É desejável sim, um SUS que seja competente o suficiente para competir com os planos de saúde para de fato diminuir essa margem de pessoas que compram plano de saúde privado. Hoje, a maioria das pessoas que compram planos privados, não estão comprando por perfumaria, e sim como se compram feijão e arroz porque não acreditam no sistema público de saúde. E isso é fato. Eles não estão comprado plano privado por causa de hotelaria. Compram plano privado porque não acreditam que tenham acesso ao plano público. Isso pra gente é um dado ruim, é um dado preocupante, porém considerável no planejamento. A gente pensa que estamos num momento do planejamento. Nada terminou. Estamos num processo para fazer expansão; Para poder chegar ao modelo adequado para reduzir o número de pessoas acompanhadas por equipes e poder pensar que estão adequadas do número de pessoas acompanhadas por cada agente comunitário de saúde. A gente precisa garantir que o modelo funcione direito e ai sua contribuição é fundamental. A contribuição de todos. Hugo lembra que o telefone 1746 continua sendo um excelente instrumento de relacionamento da estrutura da Prefeitura Municipal com o usuário. Todas as ouvidorias foram instruídas e estruturadas . Tenho gente que me cobra porque o percentual de resposta do 1746 está baixa e, eu tenho acesso a essas queixas e denuncias que volta e meia bate e vem para gente. O Conselho Distrital, esse espaço é fundamental mesmo. Esse é o gesto correto da gente poder fazer com que esse espaço que é de participação do controle social, seja um espaço de construção do SUS para levantar e falar que não funciona direito. Colocar as equipes lá, colocar as unidades bem capacitadas com unidades tecnológicas, o problema não está bem resolvido. Fazer funcionar é o problema de todos nós e muito meu, sem duvida nenhuma. Atualmente, com minha equipe isso é nossa responsabilidade. A gente precisa saber disso. Por outro lado, tem inúmeras situações e inúmeros gargalos do sistema, inúmeros problemas. Um deles é o processo de regulação que é lento, é moroso e não oferece resposta adequada ao cidadão e pior, embora eu sempre chamo de SISJEGUE porque ele não tem a referencia do deslocamento da pessoa e considera razoável o acesso de uma pessoa de Sepetiba fazer uma consulta especializada na Ilha do Governador e o pior é que a pessoa de Sepetiba não fica sequer sabendo que está agendada para um procedimento na Ilha do Governador. E ai o que acontece: A gente tem alta margens de ociosidades nas unidades hospitalares. O Hospital de Bonsucesso é uma das unidades que mais foram impactadas com isso. Esse processo quando nós tínhamos no passado um pequeno núcleo regulador no CAP era o portal da CAP que a gente conseguia. Foi um trabalho bacana da equipe do Edson Borga que me antecedeu na gestão da CAP-3.1. Aquilo garantia que você conseguisse o acesso do morador da AP 3.1 aos serviços especializados da área. Quando isso foi incorporado no processo central, se perdeu. Então, aí eu estou dizendo isso, não como uma crítica para tacar pedra no SISREG. O sistema é imperfeito. A gente precisa tal como aqui, estar participando, indicando, criticando o absurdo para poder consertá-lo. Hugo diz que tem hoje vagas ociosas de mamografias. Um número absurdo e descomunal de mulheres que não conseguem fazer a mamografia uma vez por ano, uma vez a cada dois anos a cada três anos, a cada quatro anos e cada cinco anos. Não fazem embora tenha o recurso disponível. Embora tenhamos recursos ociosos e isso é grave. Organizar a rede é responsabilidade de todos nós. Estamos aqui em funções de comando do SUS. Temos que resolver esse problema . É fundamental discutir isso agora. Não tem um dia em que a gente não fale sobre isso. Não tem momento em que a gente não esteja preocupado e não esteja pensando nisso. Neste momento estamos tentando fazer um estudo detalhado para situação do SISREG e entender quais os principais gargalos. E a gente está tentando resolver agendas locais pra gente poder agilizar isso. Tem problemas também na volta da informação. O Luiz Cláudio fez também uma consideração super importante. O agente comunitário de saúde, referência mais ele não tem a informação de retorno.Isso é precioso!! A informação precisa ir e voltar. Na verdade, há um processo de construção. Não dá pra ninguém ficar com o boi na sombra. Todas as nossas unidades precisam se mexer e redefinir o seu papel e de fato assumir um compromisso mais radical com a nossa clientela para facilitar o acesso com resolutividade. Também, não adianta ser muito bem atendido por um dentista que me arranque um dente errado. Enfim, é óbvio que temos que ter solução, oferecer respostas e óbvio que a gente tem desafios que não estamos vendo. Hoje não temos dimensão clara da realidade do situação da Tuberculose na nossa área, na nossa cidade, nem da hanseníase. São situações silenciosas que neste momento estão correndo soltas e a gente não consegue acompanhar por fragilidade nossa de organização, muito mais inclusive de nós profissionais de saúde que efetivamente deveríamos atuar para trabalhar com isso. Acho que o que se aponta /aprofunda aqui é uma discussão que desejo profundamente que vá repercutir, que vá tomar o ouvido e a conversa de muita gente, conforme o Leonel estava dizendo, tentar entender a atenção primária como porta de entrada. A Atenção Primária precisa tomar responsabilidades sobre isto, mais nós todos temos compromissos com esta nova assistência de modelo. Se a gente continuar seguindo o mesmo modelo em que em qualquer situação que esteja, eu tenho um amigo que conheço e leve para um hospital, não dá. Isso nunca vai de fato se transformar. Acho que estas são as questões mais importantes que a gente precisa enfrentar. Só tem um ponto que fui questionado aqui e preciso responder. Em alguns momentos, é necessário ter algum tipo de cuidado no processo de investimento para garantir a sustentabilidade de tudo. Quando você tem um processo de expansão que acabou acontecendo além do que propúnhamos inicialmente em termos de recursos e a nossa meta programada em 2012 de terminar o ano com 107 equipes de saúde da família, e isso está definido em um dos contratos de gestão e nós estamos com 128 equipes de saúde da família nesse momento, nesse contrato. Obviamente a questão dos recursos é uma coisa delicada, nós precisamos fazer com que o feijão dê pra todo mundo e não é pra chegar no fim do mês e dizer, “acabou, não temos mais o que comer”, a gente precisa ter este tipo de perspectiva. Então o processo de investimento vem se retardando. Nós tivemos o investimento da dengue que fez com que nós gastássemos mais do que achávamos que seria necessário e por conta disto também todo processo de montagem do programa de reabilitação tem sido lento, e o processo de montagem do Centro de Tratamento da Obesidade ficou de certa forma fragilizada com a falta do profissional que de fundamental importância, que é o Endocrinologista. Agora já estamos buscando profissional pra contratar e estamos tentando viabilizar isso. Ás vezes, os processos se retardam um pouco mais em relação ao que esperávamos em função de uma série de junções . O importante disso tudo é a última frase que digo é a seguinte: “Isso só é vivo porque pulsa; isso só é vivo se tem pressão; Isso só é vivo se tem o questionamento de todos os lados para construir de fato o sistema que a gente confia que responda as nossas aflições”. E assim o Coordenador da AP-3.1 – Hugo Marques Fagundes encerra sua fala, retornando a palavra à presidente da mesa Maria de Fátima Gustavo Lopes que pergunta a um dos palestrantes Dr. Carlos Henrique diretor do Hospital Estadual Getulio Vargas, se o mesmo deseja fazer as considerações finais, porém ele apenas agradece o convite e diz que foi uma oportunidade preciosa e mais uma vez pede desculpas pelo atraso na mesa da manhã. Diz que foi um dia de ganho de conhecimento de pessoas e de serviços, sendo um dia positivo e solicita que o convidem para as próximas oportunidades e que tem algo em particular para falar com a presidente desse CDS, quando a presidente coloca-se à disposição em outro momento, passando a palavra para próxima palestrante Claudia Lê Coq, que diz que acredita nessa construção que está sendo feita em nossa cidade e diz que na saúde nós estamos fazendo um esforço muito grande do município, do estado e da área federal para a construção realmente de uma regulação e ai nós esperamos que a gente não escute mais do SISREG só criticas ou de pessoas que batem em nossa porta, falando com muita tranqüilidade, porque a mesma coordena as ouvidorias dos hospitais federais. Diz que às vezes, recebe pessoas procurando quem é o doutor ‘SISREG’. Então a mesma espera que o sistema em construção venha facilitar, sendo uma ferramenta facilitadora do dia-a-dia e não que emperre. Diz Cláudia que sabe que as vezes um sistema que está sendo implantado, em cada local existe a pessoa humana que vai manipula-la que precisa estar sendo treinada. E além do treinamento deve ser muito pactuado quem e quais são as áreas, qual a oferta real, necessidade, perfil do atendimento. Diz Cláudia que devemos estar juntos e unidos na construção e coloca à disposição o folder da ouvidoria federal, solicitando que procure o serviço. Informou ainda que os seis hospitais federais tem ouvidoria e contatos disponíveis. Manifesta o desejo de estar junto na construção e principalmente que estamos na fase de construção de um processo, que na realidade na gestão anterior tinha apenas 3% de cobertura de saúde da família, e hoje + de 30%, sendo ainda pouco, pois o objetivo é de chegar a 100% de cobertura, porém o avanço foi enorme e devemos saber parabenizar também. Estamos avançando, construindo e vamos chegar lá e contamos com ajuda de todos. O conselheiro Nereu Lopes faz uma proposta em questão da regulação do SISREG, que é a questão de regionalização, quando a maior dificuldade que se tem é que as consultas são marcadas para locais distantes do território dos usuários/pacientes, fazendo com isso que as pessoas percam as consultas. Como proposta já que o seminário está sendo gravado e que todas as reivindicações que aqui foram feitas, o pleno do conselho distrital de saúde composto pelos seus gestores, profissionais de saúde e usuários presentes encaminhem como proposta para o Conselho Estadual, para o Conselho Municipal e para o Ministério da Saúde o que foi pactuado e discutido nesse plenário, sendo a maneira de estar pressionando as nossas autoridades a cumprirem o que se determina a lei que é o direito da cidadania de todos. Cumprir o que é direito do povo e dever o do estado. Encaminhar resolução para se colocar no site do conselho. Solicitação esta feita à presidente do CDS e que encaminhe cópia das fitas para as três esferas de governo. O coordenador de área Dr. Hugo Fagundes fala que na mesa da tarde iria estar presente o Dr. Daniel Soranz - Subsecretário de Atenção Primária Vigilância e Promoção da Saúde que na verdade, é uma figura chave no processo de transformação da atenção primária na cidade. Esse jovem que é dessa casa (FIOCRUZ), tem sido protagonista de uma revolução importante na atenção a saúde em nossa cidade, não podendo estar presente, mais aflito, participa de um processo de disputa orçamentária, em temporada de parar as bases exatamente no desenho do orçamento, que mesmo sendo para o próximo ano, outro governo, se não for feita com responsabilidade e bases para as coisas acontecerem no próximo ano, não acontece. É exatamente esse o momento que tudo tem que ser muito bem definido. Isso também deve ter sido a razão também da ausência do Dr João Luiz neste Seminário que coincide com o momento muito delicado, podendo dizer que nas próximas oportunidades estarão presente e podendo dialogar de forma mais direta. Podendo ser em outro seminário de regulação onde já viu um movimento do conselheiro Severino propondo, à rigor. Hugo diz que o Subsecretário solicitou que o representasse, esperando que possa o ter feito com alguma propriedade. A presidente Fátima pergunta quantas clinicas da família temos hoje em dia em nosso território, coordenador responde em nossa área atualmente são 8 clínicas, sendo 4 delas no novo modelo e ainda as clínicas de famílias Felippe Cardoso, Heitor dos Prazeres, Augusto Boal, Rodrigo Hoig que são estruturas com outras equipes inclusas. A presidente agradece a todos os convidados presentes, à mesa, à plenária e por ser uma conferência muito fechada, resumiram as clinicas de famílias, aos profissionais de saúde, os gerentes, os administradores da área do PSF/Clínica, esperando que tenhamos outros encontros e que possa a ter a liberdade de convidá-los não um fórum muito fechado mais um pouco aberto para trazer mais profissionais de maneira adequada. Agradece a presença da universidade Augusto Motta (UNISUAM), à Teias de Manguinhos e à comissão organizadora em nome do Jorge, da Flávia, e de todos os outros que estão sendo representados. São pessoas maravilhosas. Deixando o convite para quem desejar se juntar / participar no conselho. E quanto à divulgação que o profissional médico Leonardo solicitou, estará fazendo o trabalho junto com os parceiros, na formação de uma rede para que todos tenham acesso a mesma informação. Fez um agradecimento especial à Clínica Felippe Cardoso pelo excelente atendimento ao neto que fora acometido de dengue, agradecendo a todos os profissionais da referida clínica. Finalizando, a Presidente do CDS AP-3.1 Maria de Fátima Gustavo Lopes diz que está à disposição para contribuir e sendo este o primeiro encontro para nossa pactuação, espera que tenham outros encontros com as mesmas idéias, carinho e humanização de todos. Encerrando assim o I Seminário de Pactuação de Redes da AP-3.1 com a projeção de um vídeo homenageando os 37 anos de matrimônio da senhora presidente. Nada mais havendo a tratar eu, Jorge Rodrigues Moreira, Conselheiro Profissional de Saúde e Membro Secretário da Comissão Executiva do Conselho Distrital de Saúde da Área de Planejamento 3.1 e Coordenador da relatoria deste seminário, lavro este relatório que é por mim assinado e pela presidente deste CDS, Maria de Fátima Gustavo Lopes. Rio de Janeiro, 16 de maio de 2012. Maria de Fátima Gustavo Lopes Jorge Rodrigues Moreira Presidente Relator AGRADECIMENTOS ENSP – ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA (FIOCRUZ) CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO COORDENAÇÃO DA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.1 OTICS PENHA VIVA COMUNIDADE COMISSÃO ORGANIZADORA MARIA DE FÁTIMA G. LOPES - JORGE RODRIGUES MOREIRA HUGO M. FAGUNDES JUNIOR – VALÉRIA GOMES PEREIRA NEREU LOPES - IRACEMA GOMES DA SILVA COSME FRANCISCO TOSCANO - SEVERINO LINO DE OLIVEIRA SERGIO CLEMENTE DA SILVA - WILMA COSTA APOIO E RELATORIA JORGE RODRIGUES MOREIRA - FLÁVIA PEREIRA MOREIRA DAVID SALVADOR DE LIMA FILHO - IRACEMA GOMES DA SILVA ANNE CLEYDE GUSTAVO LOPES - LUCAS THIAGO DA S. CRISTINO ROSINAIDE DE ALMEIDA MOREIRA- HELENA SANTOS DE OLIVEIRA FERNANDO MOREIRA DA SILVA -MARLON COSTA DO NASCIMENTO

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